14 de nov. de 2011

Capitulo 25

Posted by sandry costa On 11/14/2011 2 comments


18 de Janeiro de 2039
POV Willian
- Will, essa é a minha mãe, Renesmee.
Como aquela garota seria a mãe de JJ? Aquilo era impossível. Se bem que eu era algo impossível.  Onde eu estava me metendo quem era o JJ. Quem eram aquelas pessoas?
- Vamos todos nos sentar.  O Dr. Carlisle nos convidou tirando-me dos meus devaneios.
- Willian nós temos muitas coisas pra lhe contar e temo que alguns desses assuntos terão que ser abordados antes do almoço. Você se importa se atrasarmos um pouquinho?
- Carlisle... Eu não me importo. Também estou ansiosa por essa conversa. É tudo tão novo pra mim. Sair de um abrigo, encontrar vocês, o JJ. São tantos sentimentos e emoções coisas que nunca senti antes. Eles nos prepararam para enfrentar a superfície, mas eu tenho que admitir que não estou vivendo nada daquilo que me informaram.
- Bom Willian como você já deve ter percebido, nós não somos normais, da mesma maneira que percebemos que você também tem algo diferente. E para que você entenda tudo o que te envolve inclusive os seus sentimentos pelo JJ vamos ter que contar toda nossa história.  Já te adianto você tem que estar com a mente aberta para poder nos entender.
- Claro - claro. Tudo bem. – Não entendi, mas ao respondê-los eles se olharam como se eu tivesse dito algo incomum. Resolvi ignorar, o nervosismo estava fazendo com que eu visse coisas onde não existiam.
- Bom Willian, a nossa historia envolve lendas e mitos.  E a nossa existência é totalmente secreta. Nós nos camuflamos entre os humanos da melhor forma possível. Isso porque decidimos viver assim. Hoje em nossa familia somos três raças distintas. E o que vamos lhe contar deve permanecer no mais absoluto segredo.
A serenidade de Carlisle fazia tudo ficar mais leve. Quando ele começou a falar sobre vampiros eu achei que seria introdução para a sua história. Mas não acreditei quando ele afirmou que eles eram vampiros.
- Então eu me apaixonei por um vampiro?
- Mais ou menos meu amor... Mas deixe Carlisle concluir a historia ela é bem grande e se pularmos etapas você não vai conseguir entender.
 Carlisle continuou narrando a sua história e eu fique perplexa ao saber que ele nasceu por volta de 1640. Por parar de envelhecer eu sempre me perguntava como eu iria viver o que eu iria fazer da vida. Mesmo com toda tecnologia e estudos eu não tinha nada que pudesse me garantir. Escutar sua história sobre a criação dos seus filhos e sobre a história de seus avós Edward e Bella me fez entender que eu teria uma chance de tentar ser normal. A partir desse momento Edward marido de Bella continuou a narração até o nascimento de JJ.
- Amor, há mais sobre nós, mas eu acho melhor nós irmos almoçar. E mais tarde a gente continua. O importante era você saber um pouco sobre minha família e sobre mim.
Saber sobre a vida e a família de JJ era como escutar uma história de ficção e romance. Daria um lindo filme. Nesse momento dei conta que eu estava cercada de vampiros e fiquei esperando o medo me tomar, mas não havia medo em mim. Não sei se era porque de alguma forma eu também era diferente. O que me deixou mais fascinada além da idade de Carlisle foi saber que algum deles possuía dons e enfim pude entender como JJ me fazia levitar. E eu pensando que ele tinha algum aparelho tecnológico muito avançado bobinha. Ele me disse que além do poder da tele cinética ele podia se comunicar telepaticamente. Além dele outros da família também tinham dons como Edward que lê mentes e por um momento fiquei com medo de pensar bobagens perto dele. Fora que era muito estranho olhar para um garoto com a aparência de 17 anos com quase 150 ano de idade e saber que ele é avó do JJ e que ainda por cima aparenta ser um pouco mais novo do que ele. Renesmee projeta imagens através do toque, e não quis nem pensar nas imagens que ela poderia querer me mostrar. Fiquei sabendo sobre o escudo de Bella, e não entendi muito bem para o quê serviria, mas, achei a combinação perfeita Edward lia tudo e Bella bloqueava a todos se quisesse. Fiquei sabendo sobre Alice que vê o futuro e nesse momento a invejei. Se tivesse o dom dela, ou se tivesse ela por perto provavelmente não teria caído nas artimanhas da Mel.
- Não se engane. Alice é pior que Melissa.
Ai meu Deus ele está lendo os meus pensamentos…
- Me desculpe, Willian é impossível, leio o de todos, mas pode deixar que eu sei guardar segredos.
- O quê amor, já está com suas conversas unilaterais novamente?
- Sim... Estou me divertindo com os pensamentos da Willian. Ela estava pensando que se tivesse conhecido a Alice poderia ter evitado a ida ao shopping e ao cabelereiro. Não sabendo ela que Alice é mil vezes pior que sua amiga.
- Ah Will, mas você ficou linda loira.  Deu muito certo... Combinou com você demais. Você está maravilhosa.
- Obrigada, Bella. É só porque eu ainda não me acostumei. Sempre que me olho no espelho espero encontrar uma morena e não uma loira.
- Vamos almoçar?  Agora que Willian sabe um pouco mais sobre nós vocês podem comer e depois nós conversamos mais.
Esme nos convidou. Achei engraçado ela nos chamar para almoçar, se eu tinha entendido bem eles só se alimentavam de sangue. Era tanta novidade que nem percebi que a fome estava me incomodando. Quando entramos na sala de jantar fiquei assustada com o banquete. Quantas pessoas comeriam ali mesmo?
- Se me dão licença, eu vou comer no quarto. Preciso levar o almoço para o seu pai.
Renesmee falou pela primeira vez. E o tom de sua voz não foi muito amistoso. E eu estava muito apreensiva com ela. Eu estava namorando o seu menininho.  Não havia hostilidade, mas eu estava muito sem graça. No rosto de Edward havia um sorriso, com o pensamento de quem ele estaria se divertindo?
- Renesmee pode deixar que eu cuido do Jake, Bella você vem comigo?
- Claro, meu amor.
Percebi que Edward fez aquilo de propósito e gostaria de entender o motivo, eu odiava esse tipo de situação. Eu queria poder mudar o ar do ambiente, mas não sabia que tipo de assunto puxar com a minha “sogra”. Edward deu uma gargalhada e eu desejei muito que não fosse por causa dos meus pensamentos. Eu estava tão nervosa e apreensiva que não percebi que apertava com bastante força a mão de JJ.
Will está tudo bem?
Foi estranho escutar a voz de JJ na minha mente, olhei assustada pra ele. Acho que enfim a minha ficha estava caindo.  Olhei querendo lhe passar tranquilidade, mas acho que ele percebeu a suplica nos meus olhos.
 - Ei relaxa amor. Vamos o que quer comer?
Voltei minha atenção à mesa repleta de comida. Todos estavam sentados, mais só havia três pratos. Claro Will numa casa cheia de vampiros que bebem sangue, de animais e graças a deus que não é o seu você queria que eles comessem comida? Que ideia! Mas, mesmo assim, era muita comida só pra três pessoas...
- Espero que esteja tudo de acordo com seu gosto Will. Faz muitos anos que eu não como, aliás, nem me lembro, mas passei a cozinhar quando Bella se juntou a nossa família quando ela ainda era humana, depois Nessie nasceu e JJ...
- Com certeza deve estar tudo uma delicia Dona Esmee.
- Oh, por favor, só Esme querida, nada de dona.
Sorri para a matriarca da família e sua expressão doce e preocupada. Uma coisa passou pela minha cabeça, Esmee, Renesmee... Uma ruga se formou no meio dos meus olhos.
- O que essa ruguinha faz aqui? – JJ perguntou quando percebeu minha ruga de curiosidade.
- Uma curiosidade boba.
- Pode falar meu amor, qual a curiosidade?
- Ela está ligando o nome de sua mãe com o de sua bisavó JJ. Na realidade Will é apenas a junção dos nomes das avós dela René e Esme. –Edward falou enquanto entrava na sala e servia uma bandeja. Provavelmente para o pai de JJ.
- É já vi que não terei segredos com vocês.
- Bom Willian desculpe-me pela indiscrição, às vezes quase nunca, é maior do que eu. Bom, se me der licença permita me ausentar e ir cuidar do meu genro. Aproveitem o almoço.
- Está vendo amor o motivo por eu querer sair da sua casa sem resolver aquele probleminha que estava martelando na minha mente?
 Achei estranho JJ nunca havia me falado sobre o pai. Eu sempre tinha escutado falar sobre todos os integrantes da família como irmãos e por um bom tempo achei que Carlisle era o seu pai, lembro-me da sua viagem com sua irmã Renesmee que agora sei que é a sua mãe, mas quem era o pai dele? E porque ele nunca o mencionou pra mim? Estaria doente? O seria o vampiro mor? Perguntaria isso pra ele quando estivéssemos a sós. JJ passou a me servir com o que eu queria, os que não comiam foram saindo sutilmente da mesa até ficar apenas nós três. O clima por um momento ficou muito tenso a mãe de JJ estava muito quieta. Na realidade percebi que ela me olhava muito e não fazia comentário algum. A situação estava ficando constrangedora e JJ estava completamente alheio à situação.  Resolvi comer antes que perdesse o apetite. Peguei os talheres e vi algo parecido filé mignon no prato, não acreditei, poderia ser facilmente algo sintético feito de soja. Cortei um pedaço e me servi. Meu deus eu tive quase uma sincope ao provar. Era filé... Era um verdadeiro filé mignon. Sem me importar com o constrangimento acabei soltando um gemido de satisfação ao sentir o gosto da carne mal passada na minha boca. Quanto tempo que eu não provava de um pedaço de carne? Assim que abrir os olhos o constrangimento me tomou eu não sabia onde enfiar a cara JJ e Renesmee (lê-se sogra) estavam atônitos olhando pra mim.
- Meu amor, me perdoe não sabia que você estava com tanta fome assim.
Seu sorriso era sarcástico o que me fez ficar mais sem graça. Olhei em direção a Renesmee em busca de uma redenção, mas ela também prendia o riso. Resolvi confessar a verdade.
- Ah vai lá... Podem rir de mim... Eu realmente gemi de satisfação. Por acaso vocês sabem quanto tempo eu não como um pedaço de carne? Carne de verdade? Não sei se vocês têm conhecimento disso, mas não há mais carne no mundo! Hoje é tudo sintético e manipulado cientificamente. Oh meu deus! Onde vocês acharam esse boi?
Eu não percebi o que tinha falado demais, mas todos dentro da casa explodiram numa gargalhada JJ se engasgou sorrindo e eu tive que dar uns tapinhas em suas costas. Mesmo assim ele não parava de rir. Passado alguns minutos eles foram se tranquilizando. E eu resolvi voltar para o meu almoço. Assim que ia colocar o garfo na boca, eles voltaram a gargalhar. – Ah, por favor... Isso já falta de respeito com a visita. –  Resolvi calar de vez JJ parecia que ia morrer de rir. Eu não sabia mais o que fazer. Resolvi ficar chateada.
- O que a Willian irá pensar de nós, provavelmente que somos um bando de vampiros malucos e mal educados... JJ se comporte!
Escutar Renesmee dirigindo a palavra indiretamente pra mim foi um susto. Olhei pra ela agradecida. Escutar ela chamando a atenção de JJ foi surreal, nesse momento percebi que ela não era uma adolescente como aparentava. E ao ouvi-la ele até que tentou se conter por poucos segundos, para depois cair na gargalhada novamente.
- Meu amor me perdoe, a cena foi cômica demais.
- Está ok JJ. Cômico vai ser quando você for me procurar. Vai ter que controlar muito essa sua mente pecadora perto do seu avô.
- Toma. Essa você mereceu filho!
Era incrível a cumplicidade dos dois e nesse momento eu senti falta da família que nunca tive, da presença de uma mãe do meu pai e de irmãos. Eu cresci em meio a estranhos, recebi carinho, mas nunca tinha tido ninguém que me amasse de verdade.  Talvez por isso eu fosse tão dependente de JJ. Bem... o mico sem noção que eu tinha pagado serviu para amenizar a tensão do ambiente e por isso eu fiquei agradecida. Renesmee até aquela situação só me analisava e isso já estava me deixando prá-la de constrangida.
Apos o almoço desastroso JJ resolveu me mostrar a casa. E eu fiquei encantada eram muitos cômodos, eles sabiam como viver bem. A casa apesar de parecer com as construções antes da guerra era totalmente automática. Havia sala de jogos, uma espécie de pequeno laboratório, uma oficina mecânica e descobri que era de uma de suas tias que amava tunar os carros. Mas o que me deixou enlouquecida e totalmente encantada foi a biblioteca e nesse momento eu quase chorei de emoção. Havia livros, aliás, milhares de livros, um cheiro maravilhoso de couro e papel. Best Sellers, livros de direito, didáticos, universitários, administração, literatura estrangeira... Tudo quanto era assunto. Eu amava ler era o meu hobie, mas nunca tinha pegado em um livro de verdade. Eu tinha apenas pelos livros virtuais no meu e-book. Depois que saímos da biblioteca com muito custo e com a promessa de voltarlá JJ me levou para conhecer seu quarto. Havia malícia no seu rosto.
- JJ, por favor. Nem tente nada.  Serio mesmo não sei se você percebeu a fisionomia da sua mãe, mas não está nada agradável. Não tente nada que possa me constranger ainda mais.
- Que isso meu amor. De jeito nenhum... Não se preocupe com minha mãe. Vai por mim, ela é um amor de pessoa. É apenas falta de costume. Você verá ela é um amor. Te juro!
Entrei no seu quarto, e depois de todos os cômodos e da belíssima biblioteca eu não imaginava que fosse me surpreender novamente. Foi como um soco. Assim que entrei as lembranças me tomaram. Havia porta retratos em uma estante com fotos do homem que eu sonhava e do lobo gigante. Quem era aquele homem? Aquele lobo? Eu fiquei estática e sem reação. O que era aquilo tudo? O que eram eles? O tinham feito comigo? O medo me tomou e sem me preocupar saí correndo do quarto dele em direção à saída. Eu precisava sair dali o mais depressa possível.
- Will... O que aconteceu? Volta aqui?
Assim que cheguei à porta, senti mãos frias me segurando. Não tive tempo de ver quem me abordava. O medo, e o pavor me tomaram... e de repente tudo ficou escuro.

2 comentários:

Nossa a fic esta ficando cada vez melhor !! continue assim :)

Nossa não vejo a hora de descobrir sobre a Will, sem contar que fico imaginando como eles iram encontrar o corpo do meu lobinho. bjs
Me diz eu ganhei mesmo a promoção esse é meu e-mail MSN: andfatima@hotmail.com bjs bjs

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