14 de nov. de 2011

Capitulo 29

Posted by sandry costa On 11/14/2011 1 comment


P.O.V – Hellena

Cheguei ao mundo oculto, e me senti em casa. Nunca havia me sentido assim em lugar algum depois da morte de meus pais, às vezes com Alec, mas não essa sensação de agora.
Era como felicidade liquida. Cheirava a familiar. A casa.
Súcubos próximas riram e aplaudiram quando que eu surgi, logo depois de Blake, Hoppe e Quenn. Todas faziam reverencias e sorriam deslumbrantemente, como apenas súcubos conseguem sorrir.
Abri os braços.
-Como senti a falta de vocês irmãs. – comecei a reconhecer os rostos de todas próximas. Lembrando o nome de cada uma. Sentindo-me rainha. – E, nada de majestade! Ou eu prendo todas. – revirei os olhos.
Elas riram.
-Devemos festejar! – uma gritou.
-A rainha Desdêmona nos disse que você viria. – Dacra surgiu e segurou minhas mãos. – E disse, que deveríamos comemorar o dia em que chegasse.
-Então, a festa. – eu ri.
Todas se alegraram e começaram a se ocupar em organizar os festejos para a noite, para escolherem o vestido mais belo, as flores mais perfumadas, a diversão apropriada, e doadores suficientes. Tudo antes que anoitecesse.
Fui andando por aqueles corredores que há algum tempo atrás eu planejava os caminhos ao lado de Kahlan e de... Minha mãe. Agora eu era a única dama do espírito presente.
Cheguei ao meu quarto, estava no mesmo lugar que eu havia deixado antes de ir embora, igual da mesma forma. Levei meus dedos pela madeira de meu guarda-roupa, e o abri, sentindo os tecidos nobres em minhas mãos.
Coloquei a mão dentro de um bolso, descobrindo uma faca no meio das roupas, puxei seu cabo discretamente, e lancei contra quem quer que estivesse as minhas costas.
-Pela primeira vez, você não esta distraída. – ouvi uma voz conhecida.
-Nate! – eu ri em voz alta me virado e jogando-me nos braços de meu melhor amigo, e talvez o único, incubo de todo o castelo. – Meu deus, como senti sua falta.
Imaginem o Nate Archibald de Gossip Girl, pois é meus amores, esse era o meu Nate, só que mil vezes mais bonito e sexy. Não que tivéssemos algo, éramos apenas amigos, ate porque ele é o primeiro que não esta comigo só para me levar para cama, mas que ele era lindo... Ah ele era.
-O que esta fazendo aqui? – joguei meu cabelo para trás e desgrudei dele.
-Soube que terão uma festa, que tipo de incubo eu seria se não comparecesse? – sorriu deslumbrantemente.
-Como noticias correm rápido. – tirei uma mecha de meu cabelo de meu rosto e coloquei com força atrás de minha orelha.
-Quando se mora no mesmo lugar. – arqueou as sobrancelhas.
-Está vivendo aqui? – repeti seus gestos de testa.
-Há algum tempo, te esperando. – me abraçou girando meu corpo e beijando minha bochecha. Por isso eu gostava dele, zero malicia, ele me tratava como igual, não como apenas um buraco para diversão.
Ele era o cara mais bonito que eu já havia conhecido em minha vida, eu me sentia atraída por ele sim, mas eu não queria uma noite de diversão, eu queria dias de companhia.
Talvez por isso eu gostasse tanto de Alec, ele era a companhia para todo momento, eu não era uma garota de relações passageiras, ainda mais com essa droga de depressão.
E o que eu mais apreciava, era como nem mesmo por pensamentos, pensava em mim de um jeito ruim, nem mesmo de lingerie. Era um verdadeiro cavaleiro.
-Então, já decidiu o vestido de hoje à noite?
-Eu recém entrei no quarto. Não devia ficar bisbilhotando o quarto de uma princesa. É deselegante. – resmunguei de bom humor piscando um olho e rindo.
-Como foi no mundo humano? – ele encostou-se na minha escrivaninha.
-Ah... Normal... – respirei fundo tentando não transparecer nada.
-Esse suspirou foi ruim. – ele prensou a boca.
-Eu... Não... – gaguejava sem saber o que dizer.
-Ah, droga, é o vampiro não é?
-Eu não quero falar sobre isso Nate. – reclamei dando-lhe as costas.
-Um dia vai ter que falar. – ele se aproximou apertando meus ombros. – Por que não agora?
-Não quero estragar a festa.
-Bah. – ele bufou. – Connerie. – falou com seu sotaque francês. – Conte-me logo, antes que eu tenha que ir ate aquele mundo, e trazer a cabeça daquele vampiro aos seus pés.
-Brigamos quando eu dizia que ia embora.
-Ele disse o que?
-Não disse, mas pensou varias coisas. – enruguei a testa, com uma cara de cachorro chorão.
-Hellena, não pode levar em conta as coisas que pensamos. O que temos em mente, são coisas que compartilhamos apenas com nos mesmos, sabe por quê?
Fiz que não.
-Porque pensamos muitas besteiras.
-Ele falou algumas coisas também... – murmurei. – Acho que agora ele me odeia. – funguei. Não me sentia triste, apenas estava... Chateada.
-Quem poderia odiar uma menina como você? – ele segurou meu queixo erguendo meu rosto. – Isso é a coisa mais impossível que alguém poderia tentar fazer. Acredite, eu tentei.
Senti meu corpo se retesar e eu enruguei minha testa novamente, dessa vez por falta de entendimento. Entreabri meus lábios em um suspiro apertado.
-Co-Como assim? O que eu fiz? – gaguejei.
-É linda demais. – disse movendo os lábios sedutoramente. Segurou meu queixo e beijou o alto da minha cabeça. – Agora eu tenho que ir me arrumar.
Foi em direção a porta, mas eu o interrompi.
-Espere! Quer ser meu par esta noite?
Ele me olhou por cima do ombro e sorriu.
-Gosto muito de seu jeito decidido. – riu. – E eu adoraria, não deve haver mais honra do que isso. – e sumiu pela porta.

-Ele veio aqui e não tentou nada? Nada mesmo? – Blake perguntou estridente quando faltavam algumas poucas horas para a festa. Ela e Quenn vieram para me ajudar a por a roupa.
Hoppe e Georgina estavam sentadas perto da janela de batente baixa, e admiravam a vista do sol que se punha, tingindo o céu de laranja e vermelho.
-Nada, só me beijou na bochecha, e talvez no alto da cabeça. – franzi o cenho com uma expressão pensativa. Relaxei a expressão confusamente tonta.
-Cara, ele só pode ser gay! – ela disse decidida.
-Nanã! – Georgina falou se levantando. – Posso te garantir que ele não é gay minha querida, e te garanto mais, porque, aquela delicia é boa de cama como ninguém. – fechou os olhos sonhadoramente.
-Ok Georgie, todas sabemos que você já foi pra cama com todos os machos que um dia já freqüentaram esse castelo, e três dúzias dos que nunca vieram aqui. – Hoppe revirou os olhos.
-Nate não é gay, ele é cavalheiro, nunca faria nada que eu não desse abertura para. – reclamei abrindo o guarda-roupa e remexendo nos vestidos.
-È, mas ele nem tentou ganhar “abertura” – abriu aspas maliciosas nessa palavra.
Peguei as roupas que ficavam por baixo do vestido.
Quenn veio ate mim me ajudando com as roupas, todas já estavam vestidas e usavam elaborados penteados. Se você alguma vez já viu The Tudors, lembre daquelas roupas, viria as que usávamos agora.
-Qual vestido vai por? – me perguntou ignorando Blake.
-Não sei bem... – mordi meu lábio inferior.
-Pois eu sei. – uma bela súcubo de cabelos escuros e olhos levemente puxados surgiu na batente da porta. Usava uma roupa vermelha e de cores quentes, o que indicava seu elemento fogo. – Sou Trianna, guarda pessoal de sua mãe.
Eu sorri ao olhar um embrulho que trazia nos braços.
-Sua mãe me pediu para ficar, e que eu entregasse esse vestido para que você pudesse usar. – estendeu o pacote.
Levei para a cama e desembrulhei-o.
Seria impossível descrever a beleza daquela roupa, nenhuma palavra boa o bastante chegava a minha mente. A única coisa que eu fiz foi alisar o tecido brilhante.
-É o vestido mais lindo e perfeito que eu já vi em toda a minha vida. – ofeguei levando minha mão ao meu peito.
-Venha, eu te ajudo a vestir-lo. – Trianna andou ate mim. – Estão chamando vocês no salão principal.
Coloquei o vestido por cima da minha cabeça e segurei o espartilho junto ao meu peito. A súcubo veio ate mim com as delicadas e elegantes mãos quentes e começou a puxar os cadarços ate não poder mais.
Ela me ajudou com o resto do vestido e quando terminou, foi comigo para escolher as jóias.
Minhas damas de companhia já haviam arrumado meus cabelos, eu estava pronta, e me sentia deslumbrante. Eu estava deslumbrante.
-Perfeita e pronta. – ela sorriu. – Seu acompanhante esta te esperando do lado de fora meu bem. – me olhou uma ultima vez, como se memorizando cada parte de meu rosto.
E depois, saiu.
Segui seus passos, e quando passei pela porta, Nate estava parado mexendo na manga de seu...
-Terno? – franzi a sobrancelha.
Ele se virou pronto para dizer algo, mas a fala foi interrompida.
-U-Uau! – exclamou. – Você esta incrível!
-Terno? – repeti.
-Bom... É o traje masculino para festa. – deu de ombros.
-Então porque eu estou sem respirar nesse espartilho? – ri.
-Preferiria que eu estivesse usando calças bufantes? – inclinou a sobrancelha. – Ate porque, o terno foi inventado no século 19.
-E os espartilhos deixaram de ser usados no século 18. – revirei os olhos.
-Não... As mulheres usaram espartilhos por muito tempo.
-Mas ele devia ter sido deixado de lado bem antes. – fiz um bico e empinei o queixo.
-Ok, senhorita teimosa. – ele me estendeu o braço. – Pronta, ou quer chegar atrasada para a própria festa? – seu rosto era aterradoramente lindo.
-Vamos. – peguei seu braço.

1 comentários:

Maravilhoso estou louca para ver o próximo.
Eu espero que aconteça algo com a Hellena e o Nate.
Por favor, não demore muito para postar o próximo capítulo.
Bjs
Aline

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