Cápitulo 62° Sonho

Em meu sonho eu estava no pico de uma montanha, nevava e o vento fazia com que os meus cabelos flutuassem, estava com um vestido branco até o joelho, apesar do vento eu não estava com frio. O lugar era simplesmente maravilhoso e lindíssimo. O céu estava azul claro, quase na tonalidade cinza, não se ouvia barulho algum a não ser a do vento suave.
Uma luz refletida alguns metros de mim que eis de chamar minha atenção, ela vinha do céu e seus raios não eram comparado a nenhum outro. A luz era muito forte e não me permitia ficar a olhando por muito tempo.
-Nick. –uma voz suave e familiar chamou por meu nome. A voz suave e familiar fez com que todo meu corpo reagisse de uma forma na qual nunca tinham reagido antes.
-Ca... Ca... –eu simplesmente não conseguia dizer seu nome.
-Sim sou eu. –então da luz ele surgiu caminhando até mim e parando alguns metros. Eu já havia sonhando antes com ele, mas eu nunca ficava tão chocada ou surpresa com sua presença. Ele estava de branco assim como eu.
-Hã... –eu caminhei até ele e coloquei a mão lentamente em sua face que continuava macia.
-Nossa. –foi o que eu conseguir dizer. Ele sorriu.
-Estava com muita saudade. –ele disse colando a mão por cima da minha que estava em seu rosto.
-Eu também, você não imagina como eu sofri sem você. –uma lagrima escapou por meus olhos fazendo com que escorresse até as maças do rosto, ele tocou no meu rosto recolhendo a lagrima.
-Não. Eu não quero que você sofra. Apenas quero ti ver feliz Nick. –ele levantou meu queixo fazendo com que eu o olhasse.
-Queria poder ti ter aqui comigo; mas não posso, isso é só um... –respirei fundo. –Sonho.
-Não pense assim. Eu estou aqui. Isso não é fruto de sua imaginação. Eu estou realmente aqui. Todo esse tempo eu ti vigio, todo esse tempo eu cuido de você, todo esse tempo eu oro por você. –deixei outra lágrima escapar.
-Por que você... Se foi? –virei o rosto e o encarei novamente.
-Destino. –ele estava sério agora. –Meu destino. Mas o seu destino meu amor é ser feliz, é recomeçar, é amar... –interrompi-o.
-Não. Só amo a você.
-Também te amo. –ele sorriu. –Nick não deixe que eu atrapalhe o seu novo recomeçar, não deixe o amor que tivemos atrapalhar o seu futuro. Não pense que você está me traindo ou coisa parecida. O amor que tivemos vai estar para sempre em nós dois, isso é fato. Nós nunca vamos esquecê-lo não é mesmo? Mas como você disse... –ele pensou e logo se corrigiu. -Como você pensou –ele sorriu novamente. – esqueça o passado, viva o presente e pense no futuro.
-Não posso ti esquecer.
-È como eu disse não podemos esquecer o nosso amor e claro um a o outro. Mas não deixe que eu a atrapalhe. De forma alguma. –agora não era apenas uma ou duas lagrimas que eu deixava escapar eram varias.
-Cayo eu sempre vou ti amar, de um jeito ou de outro e eu nunca vou ti esquecer, nunca vou esquecer o tão importante que você foi para mim. –disse voltando meu olhar para baixo. Ele me puxou para um abraço, coloquei minhas mãos em sua cintura e ele colocou as dele em minhas costas.
-Eu também Nick. –senti uma gota d’água caindo em meu ombro. O apertei mais forte.
-Tenho que ir. Mas quando precisar não se esqueça que eu estou sempre com você, que eu estou sempre aqui. –ele me afastou e colocou a mão no meu coração.
-Ah Cayo. –disse voltando para seus braços. Ele me abraçou forte e deu-me um beijo na testa. Afastou-se e pegou uma de minhas mãos. –Devo dizer adeus? –perguntei com um nó na garganta.
-Não. Um até logo ou até em breve soa melhor. –ele sorriu e eu também. Ele começou a caminhar de costas para a luz ainda segurando minha mão.
-Te amo.
-Te amo. –ele soltou minha mão e eu me senti desamparada, como se o Cayo fosse o que me mantinha em pé. Ele voltou para a luz, mas eu ainda podia ver seu lindo rosto. –Alias você é uma linda vampira. –ele desapareceu junto com a luz.
-Não. –cai de joelhos e fiquei chorando. –Não! –gritei e olhei para o céu que agora estava negro. Levantei-me do chão e comecei a procurar pelo Cayo, mas eu não o encontrava em lugar algum. Gotas de neve começaram a cair do nebuloso céu negro e o vento aumentou sua força fazendo com que eu me desequilibrasse e caísse do pico da montanha.
-Não! Ahh! –eu estava caindo de uma altura que parecia não ter mais fim. De repente eu acordei e estava de cara para o teto eu cai na cama batendo minhas costas com força no colchão. Eu estava chorando tanto que minha blusa estava molhada. Levantei-me e fui para o banheiro, retirei a roupa, entrei na banheira e liguei as torneiras. Quando a banheira estava cheia eu desliguei as torneiras e afundei meu corpo todo na banheira. Fiquei por algum tempo debaixo da água mais nem por um momento senti a necessidade de subir e respirar. Fiquei por mais um tempo debaixo d’água e fiquei pensando no sonho que eu tive.
O Cayo queria que eu tocasse minha vida e sem deixar que ele me atrapalhasse. Eu ia fazer como ele pediu, se eu encontrar um alguém com que eu me apaixone –coisa que eu acho bem difícil de acontecer –eu vou deixar rolar.
Levantei-me da banheira, me enrolei em uma toalha e sai do banheiro. Fui até o closet e troquei de roupa, penteei meu cabelo e me sentei na cama. Fiquei olhando para a estante a minha frente. Olhei a televisão, DVD, meu mais novo material escolar, alguns livros, um som, CDs, uns bonequinhos do guita hero muito bonitinhos por sinal. Depois olhei para meu lado direito e fiquei encarando meu computador, olhei para meu lado esquerdo e fiquei observando as portas do banheiro, do closet e do meu quarto. Suspirei e levantei da cama, fui para a varanda que ficava a centímetros da minha cama. O dia estava como sempre nublado. Voltei para meu quanto e quando olhei para minha estante novamente vi o minúsculo relógio que antes eu não havia visto ele estava marcando 15h30min, é parece que eu dormi demais.

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