30 de jun. de 2010

Vi o filme e essas são minhas 11 observações sobre "Eclipse"

Posted by sandry costa On 6/30/2010 1 comment

Há quem diga que o olhar de fã não é capaz de fazer uma análise crítica imparcial dos filmes da saga. O que tenho a dizer sobre isso? É quase verdade. Realmente os ansiosos olhos de fã vibram com cada cena e com cada aparição de "Edward", "Bella", "Jacob" e cia, o que nos impede de enxergar algumas imperfeições visíveis aos olhos totalmente imparciais de um não-fã. Mas a visão de fã muitas vezes acaba sendo mais exigentes e mais perceptíveis a muitos detalhes que passam desapercebidos por quem não acompanha a história à fundo. Por termos lidos os livros (várias vezes), conhecemos à fundo a trama, os personagens, e qualquer vacilo cometido pela roteirista Melissa Rosenberg ou pelos diretores (David Slade no caso deste terceiro filme), certamente não passará impune. Ontem, tivemos o privilégio de assistir Eclipse em primeira-mão, na pré-estreia exclusiva para a imprensa, no Cinemark do Shopping Paulista. Com uma sala repleta de jornalistas atentos, pudemos assistir ao filme sem o incômodo dos gritos. No máximo gargalhadas em uma ou outra cena ou desaprovações em algumas outras. Não vou fazer a indelicadeza de contar todo o filme como alguns sites fizeram no afã de provar que realmente viram o filme. Prefiro respeitar quem ainda irá assistir, mas confesso que cometerei alguns spoilers ao enumerar minha lista de observações sobre ECLIPSE. Avisado? Então, vamos à crítica:


1) Eclipse inicia sem avisar, já com "Riley" sendo perseguido e atacado por "Victória" introduzindo a abertura da terceira produção da saga. A cena aliás, mostra bem o estilo sombrio de David Slade, dando um certo tom de terror e suspense. Xavier Samuel mandou bem como Riley.

2) A primeira aparição de Edward e Bella, na linda clareira florida, já evidencia a idéia fixa dele em querer se casar - diante da negativa de Bella - e a relutância dele em não querer transformá-la - diante da sua insistência. Tive a impressão, nesta cena, de um Edward inseguro e de uma Bella dona de si.

3) O make up beneficiou Edward, que trouxe de volta a suavidade de Crepúsculo, diferente daquela maquiagem pesada usada em Lua Nova. Já a peruca que Kristen usou para compôr a personagem Bella não convenceu. Era visivelmente perceptível. Aliás, as perucas foram um ponto negativo também para "Alice", "Carlisle" e "Victória", como já havíamos percebido nas fotos antes publicadas. Mas temos de reconhecer que desta vez "Rosalie" e "Jasper" tiveram o visual melhorado. Mesmo o cabelo mais escuro e com uma franjinha estilo "imperador romano louco" de "Emmet" não conseguiu deixá-lo feio.


4) Desta vez pudemos ver uma participação maior dos outros integrantes da família Cullen. Nikki Reed pôde mostrar mais de "Rosalie" e Jackson Rathbone de "Jasper"durante seus flashbacks. As histórias foram bem encenadas. "Emmet" também teve mais cenas, e uma em especial me fez vibrar: quando ele se estranha com "Paul" (Alex Meraz), em sua forma de lobo, durante perseguição à "Victória". Aliás, essa cena da perseguição, com os Cullen de um lado, e os lobo do outro, com um rio ao meio separando os territórios, foi bem emocionante.

5) O triângulo amoroso fica mais evidente neste filme. Jacob se declara e coloca os sentimentos de Bella em cheque. Aliás, palmas mais uma vez para a maravilhosa atuação de Taylor Lautner, que passou maravilhosamente bem as emoções do seu personagem. Ele nos fez rir, ter raiva (as team Edward, certamente), sermos cúmplices e até vibrar com suas cenas. Para quem gosta de ver o "tanquinho" de Taylor à mostra, vai ter uma overdose nesse filme.

6) Júlia Jones, que faz a loba "Leah", foi eficiente em passar toda a antipatia de sua personagem. E foi bom ver Boo Boo, o "Seth", atuando, apesar da pequeníssima participação. O lobo computadorizado que o representa aparece bem mais que ele. E Jessica (Anna Kendrick) apesar de também aparecer pouco faz um discurso de formatura emocionante.


7) A tão esperada cena da cama king size é tal como no livro (com as devidas adaptações, uma vez que o seu contexto é colocado totalmente fora do que é apresentado no livro). Nos arrepia quando começa e termina com um balde de água fria. Só acho que o roteiro poderia deixar mais evidente o porquêe do medo de Edward em não se deixar ir além, apesar de querer. Não foi fácil ouvir alguns jornalistas o chamando de "mariquinha" e coisas do gênero. Mas nem isso tirou o romantismo de ver Edward se ajoelhando e pedindo Bella em casamento, enquanto lhe oferece o anel de noivado.

8) Bryce Dallas que me desculpe, mas não me convenceu no papel de "Victória". Aquela personagem que Rachelle Lefevre conseguiu compôr no primeiro e no segundo filmes (mesmo sem falas em Lua Nova, as expressões faciais bastaram), de uma "Victória" dissimulada e com cara de menina levada, nada tinha a ver com essa "Victória" de Eclipse, com olhares inseguros e amedrontados. Senti falta dos sorrisinhos maliciosos tão bem expressados por Rachelle.

9) Eclipse, apesar de ser um filme "meio a meio", com bastante cenas de "Edward" e "Jacob" (diferente do primeiro, q só teve "Edward", e do segundo q praticamente só teve "Jacob") tive a impressão que, mais uma vez Taylor se destacou e foi beneficiado pelo roteiro.

10) Jodelle Ferland nos deixou compadecidos com o triste fim de sua personagem Bree, julgada injustamente pela malvada Jane, mais uma vez vivida de forma impecável por Dakota Fanning. Ambas mandaram bem em seus papéis de vítima e algoz. E Elizabeth Reaser pôde passar mais daquela expressão de mãezona de "Esme" na sua tentativa frustrada de salvar a pobre Bree.

11) A cena do confronto no alto do penhasco foi o que mais rendeu observações e merece uma subenumeração:
a) Ver a situação de Edward dentro daquela barraca ao ter que aceitar Jacob abraçando Bella para não vê-la morrer de frio, foi de doer.
b) Mas ver o efeito de tempestade e ventania que se passa do lado de fora da barraca e depois ver que, do lado de dentro, a tal barraquinha mal se mexe, foi constrangedor.
c) O mesmo constrangimento se deu quando Jacob abriu o ziper da barraca e nenhum ventinho adentrou o recinto, o cabelo dele não esvoaçou com a suposta "ventania", flocos de neve não apareceram e a pele dele nem molhada estava.
d) O confronto entre "Ed", "Victória", "Riley" e "Seth" - assim como todos os outros que se deram no decorrer do filme - foi cheio de ação e emoção. Aliás, foi um quebra-quebra de vampiro e, apesar de braços e cabeças rolando pra todo lado, não vimos um pingo de sangue (a não ser o de Bella). O diretor deu um efeito de mármore quebrado, quando os vampiros eram estraçalhados.
e) Edward joga o seu zippo aceso em cima de Victória e ela entra em combustão imediatamente. Bem, quanto ao fato de Edward carregar um zippo no bolso a gente pode deduzir que é porque ele já sabia que precisaria do mesmo para queimar a vampirada. Mas o fato de Victória queimar com o simples toque do mesmo em seu corpo me fez pensar se ela havia tomado um banho de algum produto inflamável antes de partir pra briga.


No mais, posso dizer que "Eclipse", na minha opinião, foi melhor que os dois primeiros filmes. Só perde mesmo no quesito trilha sonora. Com exceção de Muse, com seu "Neutron Star Collision", achei bem fraquinha a seleção musical desta produção. Agora é aguardar a galera assistir à estréia amanhã para trocarmos "figurinhas". 
 

1 comentários:

Assisti o filme e concordo com todas as observações. Mas uma coisa tenho que enfatizar: Jacob com aquela barriguinha deixa qualquer um dos vampiros sem chances de aparecer... Gente! Ele é lindooooooo

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