1 de out. de 2010

Capitulo 13

Posted by sandry costa On 10/01/2010 No comments







- Mas fique atento, esse Marcos é muito inteligente, e vai tentar te passar a perna.






- Ele pode tentar, mas não vai conseguir – George falava se gabando.






- É o que eu espero, vou mandar mais dois homens pra ajudá-lo – disse o maldito prefeito e depois saiu pela porta.






Tentei a todo custo impedi-lo de sair, mas fui em vão, estava sem forças. Depois que ele se fora,me dei conta que estava sem noção do tempo,das horas,sem saber se era dia ou noite.






- Que dia é hoje? – perguntei






- Sábado.


Não pode ser, é hoje o dia do meu casamento com Liza. E agora?






- Minha nossa- exclamei – Hoje é o dia do meu casamento.






- Era. – corrigiu – Pois não vai ser mais






Desesperei-me,tentei me soltar a todo custo das cordas que me amarravam,reuni todas as forças existentes e inexistentes em mim e soltei-me, corri em direção à porta, mas aqueles canalhas me prenderam novamente.






- Se continuar dando trabalho, seu idiota, vou lhe matar. Fui claro?- George ameaçou






- Tenho que ir embora – disse – Será que não me entende? Vou me casar hoje.






Exigi, pedi por tudo que era de mais sagrado, e por fim, implorei que me deixassem sair. Mas não adiantou, eles eram insensíveis e não tinham coração.


Não adiantava fazer mais nada, decide que era preciso pensar com calma e com raciocino.


Já sabia que o prefeito tinha roubado verbas da prefeitura, que ele era um cretino, e quem ousasse passar pelo seu caminho, ele não hesitaria em matar, o que tinha que fazer era entrar no seu jogo e fazer com que acredite em mim.


O tempo passava em uma lentidão torturante. ”Quando tempo ainda será que vão me prender aqui?”


Às vezes perguntava, mas era sempre a mesma resposta:






- Não sei, estamos apenas seguindo ordens.


Não sei ao certo se passaram horas, dias, meses, mas perguntei novamente, porem pra minha felicidade, a resposta foi outra.






- Logo estará livre






- Mesmo? – perguntei com esperanças. – Quando?






- Calma estou esperando pela ordem. Mas posso adiantar que não vai demorar?






- Não? Por quê?






- Porque a essa altura o chefe, já esta em segurança, bem longe daqui.






- Onde? – perguntei com ódio. Não era justo ele sair dessa impune.






- Acha que sou otário Marcos? Acha mesmo que vou te dizer onde ele esta?






Não respondi nada, afinal de contas, isso no momento não importava,o que importava,era que estaria nos braços de Liza.


A conversa foi interrompida pelo celular de George chamando, ele atendeu e afastou-se um pouco, quando voltou estava com uma expressão de sacarmos.






- Você será libertado, hoje ou amanhã


Um sorriso enorme e uma felicidade tomaram conta de mim.






- Mas com uma condição






- Qual? – perguntei






- O seu silêncio, ele é o preço da sua liberdade.






- Esta bem, esta bem – concordei






Ele porem me fitou com desprezo e começou a rir.






- Você pensa que me engana?






- Como assim? – perguntei confuso.






- Você acha mesmo que eu, ou o chefe, seriamos loucos em acreditar em você? Você vai nos denunciar, assim que se livrar daqui. Por isso tomamos uma providência...que nos dara garantia do seu silêncio.






- Que tipo de garantia? – perguntei apreensivo






- Bom,você é o tipo heróico, e que não adianta ameaçá-lo, e dizer que o mataremos, se você nos denunciar,certo? Então, todo mundo tem um ponto franco...E o seu se chama,Liza.






Fiquei sem fala, e um desespero tomou conta de mim. O que será que fizeram com Liza?






- Nosso acordo será simples: Se você resolver nos denunciar, seja hoje, amanhã, ou daqui a dez anos, Liza sofrerá as conseqüências, e não adianta fugir com ela. Entendeu?






Senti uma onda de revolta, indignação e ódio, comecei a tremer todo, tudo o que eu via pela frente, era meu desejo de matá-lo.






- A propósito- acrescentou- Você esta proibido de voltar para a cidade, e fizer isso, entenderemos que você vai nos denunciar, ou fugir com Liza. Agora repita tudo o nosso combinado, pra mim ver se entendeu.






Senti um ódio e uma força que nunca senti antes, ou pensei que poderia sentir na vida, todo o meu corpo tremia, meu sangue pulsava, e uma força que parecia que ia explodir se formava dentro de mim.






- Não – gritei – Não ouse tocar em sequer num fio de cabelo de Liza. Caso contrário...






Aquela força e ódio eram incontroláveis, então sem pensar muito, pulei em seu pescoço, e em meu lugar surgiu um imenso lobo, que sempre pensei ser lendas contadas por meu avo.






Estava sobre quatro patas, e coloquei minhas presas em sua pele com todo o ódio.






Quando me dei conta, tinha matado e decapitado um homem bem na minha frente, e tinha me transformado em um lobo enorme.






“Como pode?” “Como isso é possível?






Voei em uma velocidade surreal pela porta, em busca da minha liberdade, e na esperança de encontrar alguém que pudesse me explicar no que havia me transformado.






Autora Regininha

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