28 de dez. de 2010

Capitulo 6

Posted by sandry costa On 12/28/2010 2 comments

Namorando...



Sete minutos no céu. Nunca imaginei nem nos meus mais remotos momentos de devaneios que ali seria meu primeiro beijo.





E também não imaginei que ficaria sem beijar até os meus dezesseis anos.




Ficou bem claro que Alice e Jasper tinham se agarrado no banheiro. Os lábios inchados não foi minha única pista. Na verdade, Jasper tinha um chupão no pescoço, o que virou motivo de zoação por todos. Também ficou bem claro que não houve nada comigo e com Edward. Alem de não haver marcas, ninguém acreditaria que Edward teria ficado com a melhor amiga dele assim, numa brincadeira imatura, e sim séria algo romântico.




Jasper e Alice assumiram o namoro alguns dias depois, seguido por Emm e Rose.




Então eu e Edward viramos parceiros para segurar as velas dos dois casais. Apesar de não gostar muito, eu, hoje, preferia continuar daquele jeito...




O motivo? Vou contar a vocês...




Dezesseis anos... Idade de transição, onde a adolescência esta mais a flor da pele do que nunca. Nessa idade, normalmente, estamos abertos a quase todo tipo de experiências, descobrimos novos valores e muitas vezes passamos a ver a vida de um modo um pouco diferente. Algumas vezes vivemos o suficiente para ter alguma maturidade e tirar algumas lições de vida, principalmente as que envolvem Carpe Diem.




Eu, morando numa cidade provinciana, preferia viver calmamente. Nada de me esbaldar em baladas ou em homens. Mesmo porque eu só queria um homem. Sim, agora eu realmente o via como um homem.




Eu estava sentada na minha janela tocando violão. Era uma música nova que eu tentava escrever, mas não achava as letras ou as notas corretas.




Então Edward aparece. Eu não posse deixar de rir da careta dele quando ele largava a bicicleta na grama. Ele escutando a minha risada olha pra cima antes de começar a escalar a árvore.




- Algum problema? – ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.




- Além da sua aversão a bicicleta? – perguntei irônica.




- Eu não sei qual é a diferença entre hoje e meu aniversário. Completo 17 anos em alguns meses. Quero dirigir logo o meu carro. – ele fez um bico e começo a subir a arvore.




- Carro? Se refere ao volvo brilhante que esta na sua garagem?




Ele riu, já se sentando no local de costume.




- Esse mesmo. O carro que esta esperando a boa vontade dos meus pais de deixar dirigi-lo. Eu sou mais maturo e não é como se eu fosse sair fazendo racha por ai.




Eu ri.




Ficamos conversando por um tempinho, mas quando o sol começou a se por Edward foi ficando nervoso.




Então Edward começou a se despedir de mim.




- Já vai? – Edward saia mais tarde normalmente, às vezes ele entrava e jantava na minha casa.




- Sim... – hesitou – eu vou sair hoje.




- Vai aonde? – perguntei casualmente.




- Eu... tenho um encontro. – ele falou ficando vermelho.




Senti o meu corpo travar. Com muito esforço eu consegui me recompor.




- Com quem? – tentei ser casual novamente.




- Com a Tânia. – Ele deu um sorriso torto. – Nem acredito que ela aceitou sair comigo.




- Você planejava chamá-la a quanto tempo?




- Algum tempo.




Eu assenti.




- Ela não é linda? O que você acha dela?




- A minha opinião realmente importa? – Perguntei com uma careta.




- Claro, né, Bells. Você é minha melhor amiga. – Eu suspirei derrotada.




- Ela parece ser legal Edward. – Ele seu um sorriso enorme e desceu da árvore, indo embora logo depois.




Quando ele se foi eu fiquei algum tempo na minha janela, tentando colocar meus pensamentos em ordem. Mas não dava.




Frustrada, eu sai dali fechando a janela e indo cuidar da janta enquanto minha mãe não chegava.




Os dias se passaram e as visitas do Edward ficaram menos freqüentes e mais curtas.




Eu estava sentada na entrada da minha casa. Não estava com muita inspiração para ir tocar violão. Então James apareceu.




Eu pensei que ele fosse somente passar e dá com a mão mas dessa vez ele veio até mim.




- Boa tarde Bella. – ele disse com um sorriso doce.




- Boa tarde James...




- Posso sentar? – ele apontou para o meu lado.




- Claro. Fique a vontade.




Ele se sentou ao meu lado. Ficamos em um silêncio confortável.




- Bella. – Ele quebrou o silêncio. – Faz algum tempo que eu queria falar com você. Mas nunca te encontrava só.




- Estou só agora. Pode me falar.




Ele riu nervoso.




- Bella. Eu sei que é meio estranho. Na verdade, nem sei como falar. Eu... Eu... – Ele passou a mão no cabelo, visivelmente nervoso.




- Fala James. – Eu disse docemente.




- Que namorar comigo? – ele perguntou olhando nos meus olhos.




Eu me assustei com aquilo. Eu fiquei estática e surpresa. Eu não sabia o que responder. Não queria magoar os sentimentos de James. Mas... E o meu amor platônico por Edward?




- Bella? – James me tirou dos meus devaneios. – Me perdoe se eu fiz besteira. Eu não queria te assustar... Se você quiser podemos ir mais devagar... Um jantar em Port Angeles ou...




- Eu aceito. – cortei ele.




- O que?




- Eu... eu aceito namorar você. – disse sincera.




Ele pareceu não acreditar no que eu disse. Ele deu um sorriso brilhante para mim e me deu um beijo.




O beijo dele era diferente do de Edward. James era mais experiente, sabia exatamente o que fazer e como. O beijo era cheio de carinho, ainda assim um pouco intenso.




E foi assim que eu e James começamos a namorar. Edward não gostou quando eu contei a ele, o que foi bom, pois ele voltou a andar na minha casa, mesmo tendo que sair mais cedo algumas vezes.




- Bella por que o James? - Edward perguntou uma vez, ele e eu estávamos deitados na grama.




- Porque ele é um cara legal. Ontem ele me levou para jantar fora.




- Se for porque ele a leva para jantar, eu te levo pra jantar e você termina com ele.




- Eu não vou fazer isso Edward. Sabe que não é a mesma coisa.




- Eu não gosto dele.




- Quem o beija? Eu ou você?




- Me poupe dos detalhes sórdidos. – ele falou com raiva.




Escutamos uma buzina. Edward se sentou.




- Deve ser a Tânia. Vem, - ele estendeu a mão para mim. – quero apresentar vocês.




- Tenho mesmo? – Perguntei suplicante. – eu já a conheço.




- Por favor, Bells. Você é minha irmã. Quero que vocês sejam amigas.




Eu me levantei a contragosto. Fomos para frente da casa. Edward foi buscar a Tânia.




- Bella! – Tânia falou simpática, com um sorriso doce nos lábios. – Como você esta?




- Muito bem e você? – Respondi simpaticamente.




- Ótima. Tenho o namorado perfeito. – Ela riu antes que Edward a beijasse.




Eu pensei que seria só um selo, mas o beijo foi ficando mais intenso. Escutei Tânia soltar um gemido abafado quando Edward apertou a cintura dela.




Aquilo, além de ridículo era torturante. Eu não precisava presenciar esse beijo. Meu peito doía ainda mais com a cena. Pigarreei alto. Eles se separam fazendo um barulho enorme de desentupidor. Eca.




- Desculpe. – Tânia falou. Porém sua voz não demonstrava que ela queria pedir desculpas de verdade. – É difícil resistir a esse gato. – Ela deu um sorriso malicioso.




- Tudo bem. – Eu disse impassível.




- amor, melhor nós irmos. – Ela falou com Edward. – Eu quero falar com a Bella em particular antes. Me espera no carro, por favor. Você dirigi. – Ela jogou a chave para ele.




Edward deu um beijo na minha testa e um beijo rápido na Tânia e saiu. Ele estava animado por dirigir. Mesmo sabendo que ainda faltava um mês para o aniversário dele. Tânia ficou acompanhando com o olhar, um sorriso agradável no rosto. Ela então se virou pra mim.




- Me convida para entrar Bella? É coisa rápida.




Eu assenti e a levei para dentro. Assim que eu fechei a porta o sorriso dela desapareceu.




- É o seguinte, Swan. Eu quero que você fique longe do Edward. Ele é o meu namorado. E você é só uma menininha sem sal que ele tem pena. -Eu me afastei dela como se tivesse levado um tapa. – É exatamente isso Swan. Ele é seu amigo porque tem pena de você. Nunca você será mais do que isso pra ele. É melhor para você ficar longe dele. Não quero ter que aderir a medidas bruscas. E lembre-se eu posso ser sua melhor amiga ou sua pior inimiga. Não queira escolher a segunda opção. – Ela deu um sorriso doce – Foi um prazer falar com você.




Ela saiu e me deixou estática e sozinha. Minha mãe só chegaria à noite. Eu fui para o meu quarto, mal agüentando subir as escadas, assim que fechei a porta meu choro desabou.

2 comentários:

Capitulo perfeito.

Beijos*-*

nossa .. nuga gostei dessa tania mesmo.

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