Narradora
Ness não
pode acreditar no que ela estava vendo. Uma mulher, ou melhor, uma vampira,
caminhava de mãos dadas com uma criança de mais ou menos três anos.
- Oh não.
– Julia sussurra, ela e os demais logo percebem o que é a criança.
- O que?
– Ness pergunta sem entender.
- Uma
criança imortal. – Ness arregala os olhos, lembrando da história das crianças
imortais que lhe fora contada em Volterra. Jane os encara com cara feia e as duas
se calam.
- O que
vamos fazer? – Luc pergunta, recebendo um olhar feio de Jane e o devolvendo na
mesma moeda.
- Vamos
fazer o que viemos fazer, executar.
- Mas ela
não terá nem direito a se defender? – Julia perguntou.
- Pra
esse crime não há defesa. – Quem respondeu foi Inácio. Todos deram um passo e
então Ness sentiu algo vindo, ela olhou pra todos os lados, mas não viu ninguém
além da vampira e da criança imortal. Desta vez não foi como em todas as outras
vezes, pois ela continuou acordada e via tudo o que se passava em volta, porém
também via a mente da vampira e o quanto aquela criança imortal era importante
para ela. A vampira sabia que tinha errado, mas seu maior medo era que tirassem
a criança dela. Ness viu várias cenas da criança sendo queimada com a vampira
lutando pra proteger a criança ou simplesmente a criança sendo tirada dela.
- Ness. –
Luc chamou pondo a mão em seu ombro, Ness balançou a cabeça e sua mente estava
somente ali de novo. – O que aconteceu?
- Não
sei... Eu vi algo.
- Uma
visão? – Julia perguntou empolgada.
- Não. Eu
posso ver qual o maior medo e maior desejo das pessoas, mas normalmente eu
estou dormindo e a pessoa também.
- E o que
você viu? – Jane perguntou antes que Julia falasse mais alguma coisa.
- O maior
medo daquela vampira é que tirem a garota dela. E ela é capaz de tudo pra
protegê-la.
-
Interessante. – Inácio falou analisando Ness, ele já tinha sentido que ela
tinha um grande dom, ninguém sabia ainda ao certo qual era. Depois de alguns
minutos ele falou. – Vamos acabar com isso e voltar pra Volterra.
Quando os
vampiros apareceram a vampira deu um pulo se colocando na frente da criança.
Ela sabia que uma hora eles apareceriam. Ela deu um passo na direção dos
Volturi e soltou um grito enquanto seu corpo se contorcia e caia no chão. A
criança começou a rosnar e no instante seguinte Inácio estava do lado dela. Luc
foi até a vampira e a estraçalhou com agilidade, enquanto Julia acendia uma
fogueira. Ness olhava horrorizada enquanto eles exterminavam a vampira e
criança.
- Inútil.
– Jane sibilou enquanto passava por Ness. – Vamos logo.
♥♥♥
Aro
recebeu Carlisle com um sorriso falso no rosto.
- Meu
amigo a que devo a honra?
- Aro. –
Carlisle o cumprimentou com uma voz fria, sem deixar Aro o tocar. Ao seu lado
estavam Edward e Bella. Edward olhava sem entender o que estava acontecendo,
pois ele não conseguia ler a mente de Aro, ou melhor, ele não conseguia ler a
mente de ninguém ali presente.
- Estamos
procurando minha neta. – Edward falou se focando em Aro.
- Neta?
Sinto muito querido Edward, mas não sei a que se refere.
- Minha
bisneta sumiu a mais ou menos um mês. – Carlisle falou. – Até pouco tempo ela
não sabia nada sobre o nosso mundo e ela está confusa...
- Não
sabia? Confusa? Temo que isso seja um grande problema meu amigo.
- Não há
nenhum problema aqui Aro. – Bella falou. Os três já se arrependendo de ter ido
até ali.
- Pelo
que entendi vocês acham que ela está aqui? – Edward afirmou com a cabeça. –
Fiquem à vontade pra olharem o castelo. Willian. – Aro chamou. Um garoto com
não mais de treze anos veio até ele e fez uma reverência.
- Sim,
mestre.
- Quero
que leve meus amigos pra olharem o castelo.
- Como? –
O garoto pergunta espantado.
- Os
mostre tudo o que quiserem.
- Sim,
mestre. – Com outra reverência ele saiu. Edward, Bella e Carlisle hesitaram,
mas depois o seguiram. Vários vampiros estavam ao redor da sala e Bella
instintivamente jogou seu escudo, ou tentou, pois quando tentou viu que não
conseguia.
- Não
consigo usar meu escudo. – Bella sussurrou o mais baixo possível.
- Estamos
sendo anulados. – Edward falou e olhou pro menino na frente. – E acho que é por
ele. – Carlisle e Bella olharam o pequeno menino, quase uma criança.
- Por
onde querem começar? – Ele perguntou, sua voz transmitindo tédio. Edward disse
por onde começar e eles rapidamente vasculharam todo o castelo, por onde eles
iam vários vampiros os olhavam.
- Ela não
está aqui. – Bella constatou o óbvio.
- Vamos
embora. – Carlisle falou.
♥♥♥
Enquanto
Jane, Inácio, Julia, Luc e Ness voltavam pra Volterra, Luc comenta que quando a
mãe de Ness nasceu ela também foi confundida com uma criança imortal.
- Como? –
Ness pergunta parando de correr.
- Eu
ainda não estava com os Volturi, mas sei que eles foram até a cidade onde eles
moravam com a intenção de matá-los. – Ness sentiu um aperto no peito. – Sua
família chamou vários amigos pra testemunhar que sua mãe crescia como uma
criança normal, ou melhor, muito mais rápido que uma criança normal.
- E o que
aconteceu? – Ness perguntou, pela primeira vez interessada em uma história
sobre sua família. Desde que ela chegou a Volterra ela não quis ouvir nada que
lhe falaram sobre sua família, e quando era obrigada a ouvir Aro ou Chelsea
eles sempre falavam coisas ruins sobre os Cullen e seus pais.
- O que
você acha que aconteceu? – Jane perguntou parando e olhando pros dois. – Sua
mãe está viva não está? Aro só pune os culpados. – Acrescentou e virou pra
frente. – Agora calados e andem rápido.
Ness
reprimiu a vontade que surgiu de saber mais sobre sua família, ela não queria
estar curiosa, ela queria odiá-los, odiar a todos. Eles fizeram o que Jane
falou e correram em silêncio, no meio da viagem, Inácio parou e disse que
precisava caçar e todos concordaram. Luc começou a adentrar na floresta e Ness
o chamou.
- Luc.
Você não vem?
- Eu não
caço humanos. – Luc a respondeu e não esperou, logo entrou na floresta.
- Ele
caça animais. – Julia falou quando viu que Ness ficou olhando pra onde Luc
tinha entrado. Ela ficou perplexa, ela não sabia que tinha uma opção além da de
caçar humanos.
- Vamos
logo. – Jane falou com raiva.
Ness
esperou enquanto Julia muito sensualmente atraiu dois rapazes até uma parte
afastada da cidade e então se aproximou. Ao sentir o cheiro do sangue do rapaz
seu corpo ganhou vida própria e em questão se segundos ela drenou todo seu
sangue, o rapaz nem sentiu o que lhe aconteceu. Quando voltaram pra floresta
Luc já os esperavam. Ness não estava aguentando a curiosidade então perguntou.
Ness
- Por que
você não caça humanos? – Luc me olhou e sorriu.
- Eu não
sou um monstro Ness e não preciso agir como um. – Suas palavras me fizeram
refletir. Eu também não era um monstro, mas nos últimos meses eu vinha matando
pessoas inocentes, eu olhei em seus olhos e mesmo sabendo que eles não eram
vermelhos, como o de todos aqui, como o meu havia ficado, só agora percebi que
poderia ter um motivo pra isso. Luc sorriu com certeza lendo minha mente. –
Isso é porque eu não bebo sangue humano. – Afirmei com a cabeça.
- Por que
ninguém nunca me falou que eu não precisava beber sangue humano, que eu tinha
outra opção? – Inácio diminuiu seus passos e respondeu.
- Por que
essa é a ordem natural, nós somos predadores e os humanos as presas, e o sangue
animal não nos dá a mesma força que o sangue humano.
Fiquei
em silêncio o restante da viagem, toda a raiva e todo o ódio que eu vinha
sentindo por meus pais, minha família, havia me impedido de perceber o que eu
estava fazendo, no que eu havia me tornado. Quando chegamos ao castelo passei
direto pro meu quarto, tomei um banho rápido e enquanto me vestia o monstro de
olhos vermelhos me encarou no espelho, aquela não era eu, aqueles não eram os
meus olhos. Minha pele estava mais branca e eu até parecia mais bonita, mas
aquela ali diante de mim no espelho não podia ser eu. Deitei na cama e abracei
meu corpo e senti as lágrimas rolarem de meus olhos. No que eu havia me
tornado?
Naquela
noite eu finalmente sonhei com ele. Arthur estava lindo, e quando eu o vi corri
e me joguei em seu colo, foi impossível conter as lágrimas.
- Shii. – Ele me consolou. - O que
foi? Onde você está? – Ele nos separou e ergueu meu rosto com a mão, e então
deu um passo para trás. – O que aconteceu com seus olhos? – Eu sabia o que ele
estava vendo, o monstro de olhos vermelhos. Fechei meus olhos e me apertei em seu
peito. Depois de alguns segundos ele envolveu minha cintura e me apertou a ele.
– Calma. – Ele repetiu. Eu não conseguia dizer nada, somente ficamos ali
abraçados. Tê-lo ali era como se eu pudesse ser normal outra vez. Depois de um
tempo ele falou. - Ness eu preciso saber onde você está. Sua família está
preocupada. – Aquelas palavras fizeram eu me afastar dele e o olhar incrédula.
- O que
você disse?
- Eles te
amam Ness e estão loucos de preocupação.
- Como
você sabe disso? Eu achei que somente eu te visse.
- É uma
longa história amor. Mas... Eu descobri que o teu avô Edward pode me ouvir.
- Meu
avô? Arthur... Primeiramente como você sabe que ele é meu avô.
- Eu não
queria que fosse assim, me diz onde você está e sua família vai te buscar.
- Eu não
quero que ninguém venha me buscar, o que eu quero é uma resposta. – Ele
respirou fundo.
- Eu já
tinha ouvido falar nessa família, mas eu não sabia que era a sua família.
Amor...
- Não. –
Falei o interrompendo. – Você também não. – Senti as lágrimas rolando em meu
rosto. Arthur deu um passo na minha direção. – Fica longe.
- Ness.
- Vai
embora. – Eu gritei.
E então
me concentrei e no instante seguinte estava olhando pro teto escuro do meu
quarto no castelo. Ele também não. Senti como se arrancassem meu coração do meu
peito. Os dias seguintes eu voltei a ficar calada e sem expressão assim como
quando eu cheguei ao castelo.
1 mês
depois
Depois
daquela noite eu foquei minha concentração em aprender a lutar eu comecei a
treinar o meu dom, o que Aro apreciou muito, pois sabendo os medos e os desejos
de quem nós iríamos enfrentar, saberíamos como lidar com eles. Depois daquela
primeira missão várias outras vieram e eu tentava não pensar mais na vida que
eu tinha antes de vir pra Volterra.
4 meses
depois
O tempo
passava lentamente, mesmo não querendo admitir eu sentia falta de Arthur.
Depois que nós brigamos ele nunca mais apareceu pra mim, sentia falta dos meus
pais, sentia falta das minhas amigas e sentia falta dos meus “vizinhos, amigos
e sobrinhos”. Comecei a imaginar como era a minha família, as qualidades de
cada um, os defeitos, mas sempre que perguntava sobre eles recebia respostas
diferentes. Aro e Chelsea sempre me falavam horrores sobre eles, e sempre que
Luc tentava falar algo sobre eles, alguém nos interrompia. Eu comecei a passar
cada vez mais tempo sem caçar pra não ter que matar humanos e até cogitei a
hipótese de caçar animais com Luc, mas Aro não permitiu. Luc, Julia e eu nos
tornamos amigos e eles eram os únicos que faziam eu me sentir um pouco humana.
Luc tinha um jeito brincalhão que conseguia me fazer esquecer a tristeza quando
ele estava por perto e Julia era tão meiga e tão carinhosa que me fazia ver que
nem todos vampiros eram monstros.
8 comentários:
primeira a comentar!!!
rsrsrsrsrsr
uiii!!!
ta fikando cada vez mais interessante!!
aiai!!!
lindo como sempre san11
bjão!!
Gabi
Oi esta maravilhoso, cada capitulo,
affs como gostaria que vc postasse
todos os dias, não só 1 mas muitos
capitulos, amo seu fic.
Bjs olha não deixe a ness se contaminar com
esse sanguessugas ruins.
noossa meu
esse cap tah muito bomm San
parabéns
a fic está cada vez melhor e eu espero
ansiosamente pra que Ness esntenda que a familia dela só quis protege-la
;/
Beeeijos
Aro du mal! =/ Ain San o cap fico perfeito, pra ta mais perfeito só ela voltando pros Cullen Black! *-*
aaah , lindo cap , mais a Ness tem que voltar logo! rsrs
beijos
Ai ai viu. Desse jeito as coisas só complicam. A Ness não devia brigar com Arthur ele era tão carinhoso com ela. Quero que tudo melhore, mas para ver se isso vai acontecer tenho que continuar lendo =)
beijos e parabéns pelo capítulo *-*
wow San cap espetacular amiga....
ai eu estou com tanta pena de todos,pois todos estao sofrendo.
beijusss amore
parabens
ta lindo maraviloso ,... quero ler o final --- muito curiosa!!!
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