POV Bella
Depois que fizemos nossos pedidos, voltei minha atenção a Rosalie.
- Então, quando sai o casamento?!
- É sobre isso que eu queria falar com vocês... – Ela mordeu os lábios.
- Diga.
- Rosalie queria fazer o casamento na casa da praia – Tia Elizabeth começou – Só que a nossa está em reforma para a festa...
Minha prima sorriu para mim e virou-se para minha mãe.
- Tia, você poderia nos deixar ficar na sua casa de lá?!
- Bem... a casa é de Bella.
- Ah, sem problemas. – Sorri. – Só me avisar quando irão, ligo para Marie para que ela de uma limpeza.
- Obrigada! – Rose vibrou – Mas, minha intenção era que todos nós ficássemos lá, até o casamento.
- Não sei... – Suspirei – Não posso deixar o hospital...
- Vamos tia! – Anthony agarrou meu braço. – To loco pra ir à praia, faz mor tempão que a gente não vai.
- Não sei Thony, a Tia tem que trabalhar.
- Por favor... – Ele fez bico.
- É, por favor.
Arqueei a sobrancelha.
Até Edward?!
- Mas filho, você disse que precisava voltar para Londres... – Esme falou confusa.
Londres?! Como assim Londres?!
- Eu falei isso?! – Ele franziu a testa – Não falei não.
- Falou sim. Disse que só ia no dia que fossemos casar. – Emmett o desmentiu.
- Certo. – Edward Bufou nervoso – Mas eu posso mudar de idéia, não posso?!
- Claro que pode. – Emm riu.
- Vai tia, diz que sim! – Anthony voltou a pedir.
- Vou fazer o possível. – Toquei seu cabelo.
- Que ótimo! – Rosalie sorriu – Vamos ter tempo suficiente para colocarmos as novidades em dia... – Ela olhou para Edward depois voltou a olhar para mim – Que parecem ser muitas.
A conversa continuou até que nossos pratos chegaram.
- AI MEU DEUS! – Anthony exclamou apontando para o prato de Tânya, chamando a atenção de todos – TEM UM CARAMUJO O PRATO DA TANYA BANANA!
- Anthony. – Eu segurei seu ombro – Aquilo não é caramujo.
- Claro que é eu vi no Animal Planet! – Ele contestou. – Ew!
- Certo mocinho, você não acha que está falando muito hoje?!
- Me desculpa tia... – Ele encolheu os ombros.
- Não estou brigando com você. – Toquei sua bochecha – Só tente se controlar.
- Ok, tia... – Ele sorriu. Tomou seu talher e passou a comer.
- Esse menino é uma gracinha. – Esme riu. – Tão fofinho.
- Viu tia, até ela percebe...
Revirei os olhos.
- Anthony, coma.
- Ta, ta. – Ele comeu um pouco e parou, olhou para Rosalie arqueou uma sobrancelha e piscou. Rose ficou rubra com a atitude. Anthony riu e começou a cantarolar – You're beautiful. You're beautiful. You're beautiful, it's true. (Você é linda. Você é linda. Você é linda. É verdade)
*James Blunt – You’re Beautiful*
- Anthony! – Segurei seu maxilar e o virei para mim, aproximei meus lábios do seu ouvido – Pare, ou vai ficar sem TV.
- Ah não... – Resmungou. – Eu juro que paro.
- Você já viu o tamanho do noivo dela?! – Apontei para Emmett – Ele da cinco de você!
- Ok. – Ele beijou minha bochecha – Vou esperar quando ele estiver longe.
É. Anthony não tinha jeito!
- Me passa o sal ai Tânya-Banan... – Emmett começou a pedir, mas parou e sorriu amarelo. – Quero dizer, Tânya, me passa o sal.
[...]
- E Jasper?! – Indaguei a Rosalie.
- Jazz não pode vir, está em Vancouver, talvez volte semana que vem.
Um barulho de bip começou a tocar.
- Me desculpem, deve ser o meu... – Abri minha bolsa e retirei o pequeno aparelho.
- Hospital?! – Anthony resmungou.
- Sim pequeno... – Mordi os lábios – Preciso ir, deve ser importante.
- Mas já?! – Edward balbuciou.
- Eu gostaria de ficar, mas não posso. – Virei-me para Anthony e lhe dei uma nota – Te vejo em casa. Pague o taxi, homem.
Ele riu.
Levantei-me e dei a volta, parando ao lado de Renée.
- Pague a conta. – Lhe dei o cartão, depois pisquei para Rosalie – Presente aos noivos.
Despedi-me de todos e sai de lá.
Foi mais doloroso do que eu pensei que seria...
Foi difícil caminhar deixando Edward para trás.
- Senhora, o seu carro vai demorar um pouco para chegar. – Um segurança falou.
Olhei para as pessoas que esperavam seus carros, eram muitas.
- Certo, eu mesmo o retiro do estacionamento.
Peguei minha chave.
POV Edward
Antes de Bella ir, ela acenou para mim.
Droga! Novamente ela ia para longe de mim, mas dessa vez era diferente, agora não havia mais como ela sumir. Se fosse preciso, eu iria atrás dela até no inferno.
- O que está fazendo aqui com essa cara de bundão?! – Emmett socou meu ombro.
- Hm?!
- Vai atrás dela seu idiota!
- Ela já deve ter ido... – Suspirei.
- Não custa nada tentar.
É, Emmett tinha razão.
- Eu já volto. – Me levantei da mesa, e caminhei em passos largos e rápidos para a saída, havia varias pessoas esperando seus carros, menos Bella. – Oi, uma morena de cabelos castanhos já pegou o carro?! – Perguntei ao segurança.
- Ela falou que não poderia esperar pelo carro, decidiu pega-lo por si própria. – Ele apontou para o estacionamento.
- Obrigada.
Corri para lá, mas nada de Bella. Procurei por entre os carros, até que eu a vi caminhando em direção a uma BMW preta.
Quando enfim, consegui alcança-lá, Bella já estava abrindo a porta.
- Bella! – Ofeguei fechando a porta. Ela me olhou assustada. Não dei tempo para que ela falasse, só a abracei. – Não diga nada... – Pedi – No momento não quero saber se você é comprometida ou se não me quer... só me abraça, me abraça bem forte. – Ela fez o que eu pedi. Seus braços enlaçaram meu pescoço e sua cabeça pousou em meu ombro. Eu podia sentir sua respiração descompassada batendo contra meu pescoço. – Se o dinheiro era o problema, agora já não é mais. Renée pode pegar tudo, não vou me importar. – Fechei os olhos aspirando seu delicioso cheiro. – Se eu sou o que sou hoje, foi por você...
- Eu senti tanto a sua falta...
Aquelas palavras que sairam de seus lábios foi como estopim para mim. As lágrimas que estavam acumuladas caíram. Não me importei em chorar, a felicidade era imensa eu precisava mostrar a ela o quanto era importante para mim.
Tirei meu rosto de seu pescoço para olha-lá. Seus olhos estavam fechados, sua maquiagem borrada. Acariciei sua bochecha com as costas de meus dedos. Ela inclinou sua cabeça, apreciando o toque.
Rocei meu polegar em seus lábios entreabertos.
Seus olhos se abriram. Sustentamos o olhar um do outro por longos segundos, colei minha testa a sua e entrelacei nossos dedos.
- Nós precisamos conversar. – Sussurrei.
Ela mordeu os lábios e assentiu, concordando.
Rocei meu nariz em seu rosto, sentindo a textura de sua pele incrivelmente macia. Seus lábios estavam tão próximos... Quando estava pronto para abocanhá-los, seu celular tocou.
Suspiramos frustrados.
Bella abriu sua bolsa tirando de lá o aparelho e o atendeu.
- Alô?! – Ela atendeu. – Eu já estou quase chegando Aro. – Mentiu – Ok.
Ela desligou o aparelho e voltou a me olhar.
- Você precisa ir certo?!
- Sim, é o meu trabalho. – Bella ficou na ponta dos pés e beijou minha bochecha – A gente vai ter muito tempo para conversar.
Sorri.
- Se eu não soubesse disso, acha que eu estaria deixando você ir?!
Ela riu.
- Então... Tchau.
- Tchau. – Segurei seu rosto em minhas mãos. Beijei sua testa, olhos, nariz, bochecha e quanto estava alcançando seus lábios, seu bip apitou.
- Coisa do inferno! – Ela vociferou, passando a mão pelo cabelo, nervosa. – Nos vemos em breve.
Bella virou-se para entrar no carro, mas puxei-a pelo braço fazendo com que ela viesse contra meu peito.
Pressionado meus lábios gentilmente contra os dela. Depois de tanto tempo pude sentir novamente o calor de sua boca macia contra a minha.
Suas pequenas vieram para minha nuca, enquanto nossos lábios permaneceram unidos e imóveis, somente sentido um ao outro. A segurei com firmemente pela cintura e rocei meus lábios nos seus. Involuntariamente, arfou abrindo a boca, o que me deu a oportunidade e o consentimento para sugar seu lábio inferior suavemente. A sensação foi tão complexa que meu estômago se contraiu em um nervosismo gostoso. Bella ficou na ponta dos pés, ansiando por mais. Eu não a decepcionei e finalmente coloquei minha língua dentro da sua boca. Foi delicioso senti-la contra a minha, massageando-a conforme seus lábios umedeciam os meus.
Todas as sensações adormecidas se despertaram dentro de mim.
O beijo que começou suave seguiu seu próprio curso, levando-me a explorar a boca de minha Bella e deixando que invadisse a minha com sua doçura e sensualidade. Nosso desespero tornava o beijo delicioso. A forma urgente com que sugava a minha língua e o leve tremor de seus lábios faziam com que eu relembrasse cada toque e beijo que já trocamos, mas nenhum deles se comparavam a esse.
O que tornava esse beijo mais especial era a saudade que sentíamos um pelo outro.
Tão cedo o ar começou a faltar. Nós nos separamos colei minha testa na dela e sorri. Ficamos assim por um tempo, até que seu celular começou a tocar.
Os mais lindos olhos se reviraram.
- Vá. – Pedi – Amanhã eu te procuro.
Ela sorriu e colou seus lábios nos meus mais uma vez.
Abri a porta de seu carro e a fechei depois que ela entrou. Bella abaixou o vidro, aproveitei para tomar seus lábios mais uma vez.
- Tchau... – Ela sussurrou.
- Tchau.
E assim, ela ligou o carro e saiu.
Fiquei um tempo parado, relembrando tudo o que aconteceu.
Olhei para os lados e não avistei ninguém. Dei uma olhada para o portão, Bella já havia saído.
Deixei meu corpo relaxar. Flexionei meus joelhos e balancei o popozão.
- Yay! Eu consegui, ah, ah, eu consegui, ah ah eu, eu ah, eu consegui. – Fiz minha própria rima enquanto segurava minha canela deixando minha perna dobrada e sacudindo meu corpo para frente e para trás.
Logo, me recompus, ajeitei minha gravata e voltei para dentro do restaurante, todo sorridente.
- O que é, viu passarinho verde?! - Meu pai indagou.
- Se é esse o novo apelido de Bella... – Meu irmão zombou.
Ri. Meu humor estava diferente, há tempos não me sentia tão solto e feliz.
Tânya me encarava com a cara fechada. Se ela achou que um dia teria chances comigo... pobre coitada.
- Vó... – O garotinho que estava ao meu lado resmungou – Estou com sono.
- Certo. – Renée sorriu para ele – Vamos embora então?!
- Por favor... – Ele bocejou.
- Nós também já estamos indo. – Elizabeth falou.
- Eu levo vocês. – Falei para Renée.
- Não precisa se incomodar Edward, nós pegamos um taxi.
- Não vai ser incomodo.
- Querido, vamos com você. – Minha mãe falou.
Eu não ia perder a oportunidade de saber a onde ficava a casa de Bella. Talvez eu pudesse até arriscar abrir a porta e empurrar Renée enquanto o carro estivesse em movimento...
Certo, primeiro eu teria que deixar o garoto no porta malas para sumir com a testemunha...
Ok, ok, essa idéia não ia dar certo...
Seria mais fácil quando estivéssemos em Miami, eu poderia afoga-lá.
Sorri com meus pensamentos maldosos.
Mas... eu não ia estragar minha carreira por ela.
- Então, vamos?! – Indaguei.
- Vamos Tio Edward! – O garoto pulou para meu colo – Posso te chamar de Tio né?!
- Claro que pode sobrinho. – Baguncei seus cabelos.
Anthony pulou do meu colo e deu a volta na mesa, parando entre Renée e Rosalie.
- Tchau Rose... – Ele ficou na ponta dos pés para beijar o rosto dela.
- Tchau Anthony.
Saímos nós três do restaurante, o manobrista trouxe meu carro.
- Uau, um volvo! – O garoto correu até o carro e acariciou a lataria – Posso ir dirigindo?!
Ri.
- Sua tia me mataria...
[...]
- Ei tio! – Anthony me chamou. – O que faço para conquistar uma mulher?!
Arregalei meus olhos.
- Você é tão... novo para pensar nesses tipo de coisas. – Ri.
- Ele está apaixonado. – Renée falou – Por Rosalie.
- Ixi, ela tem noivo. – Informei.
- Eu não tenho ciúmes. – Ele deu de ombros e virou-se para minha mãe. – Moça, se importa se eu deitar? To cansado.
- Ah, claro que não.
- Brigado.
Pelo retrovisor eu o vi deitar a cabeça no colo de minha mãe e jogar as pernas no colo de Renée.
- Espero que você não se apaixone por minha mulher... – Meu pai, que estava sentado ao meu lado, brincou.
- Certo... – Anthony bocejou – Meu coração é da loura, não que as ruivas sejam feias... ah vocês entenderam.
Prendi o riso.
Depois de um tempo parei o carro em frente ao prédio que Renée indicou. O garoto havia dormido, seria difícil ela levá-lo.
- Eu o carrego. – Falei abrindo a porta do carro, e dando a volta.
Esperei Renée sair para pega-lo nos braços.
Meus pais ficaram no carro.
Entramos no prédio e pegamos o elevador para o 8º andar. Fiquei encostado de um lado e Renée do outro, era horrível ficar no mesmo espaço que ela depois de tudo o que falou e me fez.
As portas se abriram. Ela saiu primeiro e eu a segui.
O garotinho balbuciou algo, mas logo voltou a dormir. Se eu não soubesse que ele era adotado diria que era a cara de Bella, principalmente os olhos e nariz.
- Por aqui. – Renée abriu a porta do apartamento e entramos – Ponha-o aqui no quarto de Bella, por favor.
- Ele não tem um quarto?! – Indaguei.
- Tem, mas geralmente ele acorda a noite e vai dormir com ela. – Riu.
Ri deixando meus olhos pousarem novamente no garoto. Ele era engraçado e parecia ser muito apegado a Bella.
Renée abriu a porta do quarto. Esperei que ela puxasse o edredom e o deitei na cama.
Dei uma olhada ao redor. O quatro era bem a cara de Bella. Os moveis eram mognos, o sofá, os lençóis e o criado-mudo eram brancos. Um contraste incrível.
- Obrigada garoto.
- De nada.
Dei as costas e sai do quatro. Não precisávamos fingir sermos os melhores amigos.
Voltei para o carro.
- O que aconteceu entre Bella e você?! – Minha mãe logo perguntou. Sorri.
- Nós nos beijamos. – Mordi os lábios, recordando o seu gosto – Combinamos de conversar.
- E a mãe dela? – Meu pai indagou.
- O que é que tem Rennée?!
- Ela te... tratou mal?!
- Não. – Dei de ombros – Mas estou pouco me lixando para ela. Eu juro que dessa vez não irei deixar com que ela estrague tudo. Eu já sofri demais, não quero mais viver longe de Bella.
Liguei o carro e dirigi para a casa dos pais de Rosalie. Quando chegamos, fui para meu quarto. Eu não queria falar com ninguém, só precisava ficar um pouco sozinho pensando em tudo o que havia acontecido essa noite.
Mas de uma coisa eu tinha certeza: Amanhã eu procuraria Bella.
1 comentários:
nossa ate o Edward percebeu o amor entre os dois ....
a magia do Anthony contagia a todos
beijusss linda a fic é um Show
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