14 de mar. de 2011

Capítulo 53° Depressão

Posted by Daniella On 3/14/2011 7 comments

Agradecimentos: Jóyce, Jess, Eílen e Andreia.

AVISO: Leiam ouvindo essa música: http://www.kboing.com.br/rbd/1-49969/

Boa Leitura!




“E não posso te esquecer se te levo no sangue sem o último abraço, ainda me perco devagar e não posso te esquecer.”

New York 03 de novembro de 2010, terça-feira ás 06h09min, Cobertura dos Beckham

A garota havia ido até a cozinha, abrirá a gaveta a direita do armário preto, pegou uma faca, a mais afiada que se podia existir naquela casa, ela era grande e de ponta bem afiada seu cabo era branca como neve.

Subira as escadas lentamente, sua aparência era a das piores que se podiam imaginar, seus cabelos embaraçados não haviam sido penteados por ela, estava com a mesma roupa preta do enterro de seus pais, andava pelo corredor descalça, seu rosto havia grossas lágrimas em cor de preto por causa do lápis de olhos, seu nariz vermelho pelo choro compulsivo.

Abrira a porta de seu quarto a deixando aberta, caminhou lentamente até a parede que estava encostada sua cama e ali... Ali ela começou a grava uma única palavra na parede com a ponta de sua faca. A parede estava sendo destruída pela garota que não tinha expressão alguma na face.

Aquela garota que sorria a todo o estante, que corria pelo parquinho da Central Parker e que amava sua New York havia desaparecido. Em seu lugar havia nascido ao mesmo tempo em que morrera seus pais, uma garota depressiva e com sede de vingança, uma garota transtornada e revoltada pela morte dos pais.

Após terminar seu pequeno trabalho na parede, Isabela se virava sem expressão na face e caminhara até o banheiro passando por seu cachorro fiel que a observava a todo o momento. Ela havia andado até sua pia onde havia um barbeador, ela o pegou deixando a faca sobre a pia, ela tirava a lamina do barbeador se cortando pelo caminho, mas ela não se importava, ela não sentia dor, era como se seu corpo não sentisse mais nada. Ela pegou a faca e com a lamina na outra mão saiu do banheiro deixando escorrer por seu braço o sangue que deixara escorrer por suas tentativas de retirar a lamina.

Sentou-se na cama deixando a faca ao lado de seu corpo, pegou a lamina e dobrou a manga de sua blusa surrada, então sem dó e sem piedade ela cravou a lamina em seu pulso sentindo o puro prazer que aquele ato a proporcionava, ela afundou bem a lamina em seu pulso o sangue escorria por sua mão caindo no chão.

Mais tarde fez o mesmo com o outro pulso, seu rosto com a mesma expressão vazia. Ela soltou em fim a lamina no chão pegando a faca ao seu lado, sua mão encharcada de sangue escorreu pelo cabo da faca branco que agora se torna vermelho faiscante. Ela se levantou da cama e se virou para a cama, logo depois ela afundou o cabo da faca na cama, ela rasgava sua fronha e seu colchão, ela colocou as duas mãos no cabo e com mais força ainda cravou a faca novamente, novamente, novamente e novamente na cama a destruindo por completo e no caminho deixando o rastro de seu sangue por onde quer que passasse.

Ela caminhou até o outro lado da cama deixando a faca suja de sangue cair ao chão, deitou-se em um canto escondido atrás da cama, com as costas na parede onde havia gravado a palavra com a faca. Ela então caiu em um sono profundo onde por ela nunca mais acordasse. Seu desejo naquele momento era morrer e se encontrar com as pessoas que foram e que serão as mais importantes de sua vida agora inútil.

New York 03 de novembro de 2010, terça-feira ás 07h16min, Cobertura dos Beckham

Enrique havia saído para uma corrida pela Central Parker, Jenna estava em seu quarto se vestindo para mais um dia na casa de seus patrões, ou diria, de sua patroa? Ela então passou pelo quarto de Isa e viu a porta aberta, ela caminhou até lá e paralisou com a cena que viu. Sua cama fora totalmente destruída e havia gotas de sangue por todo o quarto e no chão... Uma faca com gotas de sangue frescas.

Ela adentrou o quarto rapidamente.

-ISA! –ela parou de frente para a parede que havia a palavra que Isa havia gravado com a faca agora no chão. Seu coração perdeu uma batida.

Não! Não! Por favor! Não!

Essas palavras gritavam na mente de Jenna.

Por favor, Isa, não tenha se matado! Por favor!

-ISA! –ela gritou novamente. Ela correu até o banheiro que estava com a pia encharcada de sangue.

-ISA! –gritou voltando ao quarto e encontrando uma Isabela com a expressão de fúria no rosto e com os olhos em chama. Uma Isabela que Jenna e ninguém nunca haviam visto.

-Qual é o seu problema? Por que fica gritando pelo quarto? –perguntou em um grunhido.

-O que você estava fazendo? O que você fez? Está tentando se matar? –perguntou exasperada.

-Sai! –Isabela apontou para a porta. –Não quero ninguém aqui. –disse com as lágrimas já nos olhos. –Sai! –repetiu.

-Não vou ti deixar sozinha. Você está machucada! Tenho que ti levar para o hospital. –disse se aproximando. Isabela se afastou soltando um tipo de grunhido.

-SAI! –gritou caminhando até Jenna e a expulsando do quarto para logo mais tarde se trancar nele.

-ISA! Abre a porta! Você precisa de ajuda! –Isabela escorregou pela porta sentando-se no chão. Seu cachorro se aproximou dela e sentou-se ao seu lado.

-Não! Não preciso! –sua expressão ficou vazia novamente, mas as lagrimas estavam ali presentes. –Não preciso. –sussurrou para si mesma. –Não. –ela circulou seus joelhos com os braços. –Não preciso. –ela soltou um riso sinistro, as lágrimas com força total, não sabia se estava chorando o rindo, talvez os dois. Talvez estivesse enlouquecendo, e se estivesse?

New York 03 de novembro de 2010, terça-feira ás 10h42min, Cobertura dos Beckham

A mulher era persistente e continuava a bater em sua porta tentando a persuadi-la de abrir a porta. Mas Isabela não respondia mais, ela não tinha mais vontade de falar, apenas de voltar a gravar a palavra que estava em sua parede mais algumas vezes, mas dessa vez com seu próprio sangue, seu quarto estava ficando uma cena bizarra, lembrava muito com uma cena de algum crime em que o bandido é psicopata e resolve fazer uma linda obra de arte de sangue, de seu sangue, na parede.

-Terei que chamar ajuda Isa? –gritou Jenna. Isabela já estava de saco cheio, então a passos duros e em fúria caminhou até sua escrivania e começou a quebrar todos os seus CDs e começou a jogar seus livros e cadernos na parede, seu cachorro começou a latir assustado e ferozmente, mas não para sua dona, mas para algo que sua dona tentava se proteger, mas não havia nada e ninguém de que ela tentava se proteger, ela apenas estava expressando o que sentia dentro de seu peito. Isso é algum tipo de crime?

-ISA! –gritou assustada. –O que está acontecendo? O que você está fazendo? Responda! –após ouvir o barulho de seu abajur sendo jogado ao chão por uma Isabela tremendo de raiva ela correu até as escadas e pegou o telefone discando o numero rapidamente.

-Bryan! –gritou. –Isa! Ajude-me! Ajude-me por tudo de mais sagrado nesse mundo. –ela chorava. –Isa está enlouquecida! Está tentando se matar! –gritou novamente.

Em poucos minutos Bryan abria a porta da cobertura dos Beckham rapidamente.

-Bryan! –gritou Jenna da porta de Isabela. –Aqui! –Bryan subiu as escadas rapidamente. –Ela não quer abrir. –ouviu-se o barulho de um vaso sendo quebrado logo depois de algo que parecia seu som sendo jogado na porta.

Pra que esperar?

Isabela pensou. Correu até a faca no meio do quarto sujo de sangue e se ajoelhou no chão segurando o cabo da faca com as duas mãos e de costas para a parede assustadoramente de seu quarto. Ela apontou em direção ao seu peito e fechou os olhos.

Tudo pareceu acontecer em câmera lenta, Isabela levantava a faca para cravar em seu peito quando Bryan com um chute arrombou a porta e correu até Isabela lhe arrancando a faca das mãos e a arremessando longe. Ele se ajoelhou para ficar de frente para Isabela e logo mais tarde a puxou para um abraço. Isabela ficou com os braços mole junto ao corpo e com a cabeça apoiada no ombro de Bryan. Já esse último olhava horrorizado para o quarto de Isabela e principalmente para a parede suja de sangue e com uma frase gravada no meio dela.

Isabela sussurrava em seu ouvido:

-Vingança. Eu quero vingança. Sim. Vingança. Vingança. –em sua parede estava escrito essa palavra com letras grandes e maiúsculas. Isabela continuava a sussurrar a mesma palavra a Bryan quando esse a abraçava mais forte ainda tentando a proteger de qualquer coisa que pudesse a machucá-la.

Isabela começou a chorar compulsivamente e acabou por abraçar Bryan o sujando de sangue.


“Tento sair dessa solidão, dar ao destino uma oportunidade, mas volto a cair quando penso em ti não sou nada sem ti...”



Então galerinha como eu havia dito no capítulo anterior, eu sou um doce de pessoa, o que acontece é que quando eu escrevo eu me dou inteira de coração e alma, então eu paro e penso: O que eu faria se perdesse os meus pais?
Eu com certeza me fecharia para o mundo e sei lá... Não iria cortar meus pulsos, mas a Isabela sim... ^^
E a partir do próximo capítulos muitas descorbertas aconteceram e vocês descobriram o SEGREDO dos Beckham!


Próximo capítulo:

-Há coisas Beckham, que você precisa saber que seus pais infelizmente não tiveram chance de lhe contar. –Isabela semicerrou os olhos.

-Não quero saber. –se preparou para dar as costas, mas logo parou quando ele lhe disse:

-Seus pais iriam querer que você soubesse. –Isabela cerrou as mãos em punhos.

-Ta. –disse o olhando de esguelha. –O que é tão importante? –se virou totalmente para ele.

-Venha Senhorita Beckham. –Micael caminhou até um banco próximo dali e sentou-se. Isabela de má vontade se sentou ao seu lado, tentando manter o máximo de distancia.

-Estou escutando. –disse retirando o capuz e desfazendo o coque.

-Então preste bastante atenção Beckham, pois não repetirei. –disse soando... Convincente.

Isabela apenas assentiu e ele começou seu discurso.



Bjsculos^^

7 comentários:

realmente eu ficaria louca se perde-se meus pais! hm*
Varia até pior se duvidar, ja sou perturbada normal sem meus pais seria muito muito pior! õ.o

Putz Dany vc é Diva! *-* eu adoro a fic embora ela estaja entrando em um rumo maligno

By: Aya

aii eu chorei Dany
eu sei que deveria ficar meio orrorizada...
mas eu chorei.
E muito.
Esse cap meio que mexeu comigo
parabéns Dany você escreve maravilhosamente bem e a cada dia nos surpreende mais e mais..
Beeeeijos

Também nao sei se cortaria meus pulsos se meus pais morrecem, mas esse capítulo é emocionante. Chorei muito com ele, bem triste, mas lindo =)
parabéns.

Caramba...
Esse capitulo me causou arrepios Dani...
Esse trem dela cortar os pulsos, embrulhou meu estômago.
Mas deve ser barra hein....

Bjuh.

Amiga, adorei o cap.
Ameii cada palavra, acheii muiito massa, acho que quando agente se revolta, cortar os pulsos é apenas uma passagem, depoiis é td pior!
Ameii o cap.
Esperando mais!

Puxa...
Isa tá enlouquecendo, de fato.
Aeeeeeeee, Bryan, seja louvado \o/
Cara... pessoas se cortam por motivos inúmeros. Muitas vezes bobos... ou não. Elas se cortam na tentativa de transformar a dor emocional, a difícil dor emocional em uma dor física, que parece tão mais simples...
E realmente é. Um corte, sangra, para, cicatriza. Uma perda... não para de sangrar. Fica sempre assim. É muito mais difícil de aguentar. Por isso eu entendo a Isa.
"O que eu faria se perdesse os meus pais?"
Eu, Sarah. Puxa, eu acho que se não fosse minha religião, eu faria o mesmo ou até pior que Isa. Mas como eu sei pra onde eles iriam, eu rezaria. Muito. Por que eu sei que isso ajudariam muito eles no mundo espiritual.
Ok, bem, capítulo bem... hm, profundo? É. Ou não, afinal essa coisa de se cortar tá tão presenta na vida de tanta gente... Talvez realista.
Eu ia falar mais alguma coisa, mas esqueci D:
Bem, vou ler o próximo *-*

DANY QUERIDA APESAR DO TEMA FORTE O CAP FICOU SUPER ENVOLVENTE E EMOCIONANTE E VC ESTA DE PARABENS AMIGA.
QUERIDA VC SE TORNOU UMA OTIMA ESCRITORA
BEIJUSSS DANYLINDA

Postar um comentário

Não esqueça de comentar, isso incentiva os escritores e também a mim que tento agradar a vocês.