3 de out. de 2010

Capitulo 4

Posted by sandry costa On 10/03/2010 No comments


Os braços que se envolveram ao meu redor fizeram todas as minhas preocupações desaparecerem. Os lábios de Jacob tocaram suavemente meu pescoço, sua respiração deslizou através do lado de meu rosto. Sorri para mim mesma enquanto sua mão se movia lentamente pela minha lateral e envolvia meu estômago. Movi minha mão para colocá-la sobre a dele.


“Não queria te acordar.” Ele sussurrou na escuridão.


“Você não me acordou,” eu respondi. “Eu estava esperando você.”


“Desculpe,” ele murmurou, apertando seu abraço em mim. “Eu queria conversar com Carlisle…então Bella me pegou no momento que eu passei pela porta da frente.”


Eu me virei, e assim estava de frente para ele. A luz da lua vinda da minha janela refletia em seu rosto. Não havia nada além de preocupação e pânico em seus olhos.


“O que ela te disse?” Arfei, me estendendo para tocar a linha preocupada em sua testa.


Ele balançou sua cabeça. “Não é a Bella que me fez preocupar. O que vamos fazer?” Sua voz mal era um suspiro.


“Nós teremos um bebê.” Eu não podia evitar de soar animada.


“Nessie…” ele deixou sua voz morrer, não sendo capaz de terminar sua frase.


“Minha mãe estava bem, não estava?” Eu exigi, olhando em seus olhos.


“Não.” Ele disse seco. “Não, ela precisou ser transformada.


“Ela queria isso de qualquer forma. O que estou dizendo é, ela foi capaz de me carregar durante toda a gravidez. Ela foi forte o suficiente – uma humana durou uma gravidez com um vampiro metade humano. Eu sou mais forte do que ela era, Jake. Esse bebê não tem tanto vampiro nele ou nela como eu tinha. Eu posso fazer isso. Preciso que você acredite nisso.”


“Acredito em você, Renesmee. Realmente acredito, mas eu posso preocupar. Eu tenho tanto direito de me preocupar quanto seus pais.”


Sorri e apertei ele mais perto. “Posso lidar com isso.”


Ficamos quietos por uns minutos. Meus olhos fechados enquanto os dedos de Jacob passavam suavemente por meu cabelo.


“O que minha mãe te disse?” Eu murmurei, metade dormida.


Jacob suspirou profundamente. “Ela ia dar um xilique, mas então viu o olhar em meu rosto. Ela percebeu que eu estava tão assustado quanto todos os demais. Eu tinha umas perguntas para ela de qualquer maneira.”


Eu estava mais alerta agora, e me senti na cama. “Que tipo de perguntas?”


“Sobre a gravidez dela.”


“Você estava lá.”


“Sim, mas eu não prestei muita atenção na barriga. Eu estava… eu estava focado demais em tentar lidar com o fato que eu poderia perdê-la.”


“Okay, então o que você perguntou para ela?”


“Nada de verdade, vá dormir. Você precisa do seu descanso.”


Desde que Jacob estava deitado de costas, eu me movi e assim estava encostada sobre ele. Abaixei minha cabeça e o beijei. Suas mãos seguraram meu quadril, e eu esperei que ele fosse me puxar para si, mas ele me afastou.


“Ness,” ele balançou sua cabeça lentamente.


“Por que?” Eu não consegui evitar de me sentir ferida pela forma como ele me afastou. Uma onda de rejeição passou por mim.


“Você tem pais que não dormem.”


“Somos casados.” Eu apontei.


“E seus pais ainda são seus pais, e estamos debaixo do teto deles.”


“Hmf,” eu gemi e rolei para longe dele, envolvendo meu cobertor apertado em meu corpo.


“Eu quero minha própria casa.”


“Teremos, apenas vamos nos focar em uma coisa de cada vez primeiro. Vamos ver como esse bebê age antes de irmos e nos mudarmos para longe da família.”


Olhei baixo para meu estômago e dei tapinhas gentilmente nele. “Você não vai nos dar nenhum trabalho, vai pequenino?”


O braço de Jacob se envolveu ao meu redor, deslizando por baixo da minha camisa para colocar sua palma em meu estômago. “Esperaremos que não.”


“Ness,” Jacob suspirou suavemente. Eu podia ouvir o sorriso em sua voz.


“Hmm?”


“Apesar de todo o terror do que essa gravidez possa ser, você sabe o quão lindo esse bebê sera?”


“Eu tenho uma boa idéia.” Fechei meus olhos e imaginei uma pequenininha garotinha ou garoto que pareciam exatamente como Jacob; olhos castanhos escuros, cabelo negro, pele bronzeada.


“Estamos tendo um bebê,” Jacob respirou na escuridão. Relaxei meu corpo tenso. Já era hora que isso começasse a ser registrado. Já era hora que ele percebesse que iríamos ter nosso próprio pimpolho no final de tudo isso.


O sol estava brilhante em meu quarto quando forcei meus olhos a se abrirem. Olhei por minha janela e percebi que o sol estava alto demais para ser manhã. Dei uma olhada em meu relógio e arfei, enquanto pulava para ficar de pé. Esse foi um mal movimento. Corri para o banheiro e bati a porta.


Ouvi a porta se abrir silenciosamente, mas não olhei para ver quem era. Mãos frias deslizaram por minha testa e então por minha nuca. Elas desapareceram por um momento, e a água foi aberta na torneira. Espiei a forma pelo canto do meu olho, e minha mãe se ajoelhou atrás de mim, segurando o copo de água por cima do meu ombro.


“Obrigada,” eu respirei, bebendo a água.


Ela não respondeu, suas mãos se moveram novamente para esfriar minha suada testa e pescoço.


Quando finalmente eu estava positiva de que havia terminado de esvaziar meu já vazio estômago, me inclinei para trás, e os braço da minha mãe me envolveram.


“Essa parte é um saco, mas prometo que uma vez que o bebê esteja em seus braços, você esquecerá tudo isso.” Ela disse suavemente, me ninando.


“Queria poder esquecer agora.” Eu gemi.


“Você pode me prometer uma coisa?” Sua voz não passou de um sussurro.


Virei minha cabeça para olhar para ela. “Claro.”


“Se você está sentindo qualquer dor, por favor, deixe algum de nós saber. Acredite em mim, eu tentei o máximo que pude para fazer aparentar que eu estava bem quando estava grávida com você. Não funcionou.”


Assenti e sorri para ela. “Prometo.”


“Como você está se sentindo agora?” Ela perguntou, provavelmente me testando.


Pensei um momento e meu estômago rosnou. “Faminta.”


Minha mãe riu e me ajudou a me levantar. Ela me seguiu até a cozinha, e eu me sentei na mesa enquanto ela me preparava uma torrada.


“Por que vocês me deixaram dormir até tão tarde?” Perguntei, olhando ao redor da quieta cozinha. “Espere, onde está papai e Jacob?”


“Nos seus avós. Edward levou ele lá porque eles queriam perguntar uma coisa para ele.” O sorriso em seu rosto me disse que algo estava acontecendo.


“O que eles estão planejando agora?” Perguntei enquanto minha mãe colocava o prato na minha frente. Olhei para ela com um olhar pidão.


“O que?” Ela perguntou, levantando suas sombrancelhas em confusão.


“Só duas torradas?”


Ela revirou seus olhos e me deu as costas. “Ah, Ness! Você pode comer mais se conseguir manter isso no seu estômago.”


“Irei.” Eu prometi. Eu estava faminta.


Minha mãe me fez mais quatro torradas antes que eu começasse a me sentir satisfeita. Fui comendo uma barra de cereais enquanto andávamos para a casa do meu avô.


“Ao menos sua criança te deixa comer comida humana.” Ela cutucou meu braço de brincadeira enquanto caminhávamos.


“Desculpe,” eu murmurei com a boca cheia.


“Não posso acreditar no tanto que isso é fantástico. Muito obrigado, pessoal.” Entrei na casa no momento que Jacob estava abraçando Esme.


“Por que você está agradecendo eles?” Perguntei, andando para me sentar no sofá ao lado de Derek.


Jacob abriu sua boca para falar, mas Derek foi mais rápido. “Estamos dando uma guia mais longa para a coleira de Jacob.” Ele riu, e eu o soquei nas costelas. Ele resmugou.


“O que eu quis dizer foi…ah, esquece.” Sua voz ficou sarcástica quando ele se virou para olhar para Jacob. “Nessie me disse que se eu não tivesse nada legal para dizer, então que eu não devesse falar nada. E sendo que ela está sentada bem do meu lado, tenho que ouví-la.”


Jacob estreitou seus olhos enquanto encarava Derek. Ele balançou sua cabeça e se virou para olhar para Esme.


“Ness,” minha avó disse animadamente. “Como tradição, seu avô e eu sempre compramos uma casa para os recém-casados.”


Eu me inclinei, meus olhos crescendo com a excitação que sentia dentro. Respirei lentamente, preparando para o grito que eu soltaria no momento que as palavras saíssem de sua boca.


Derek se afastou de mim. “Acho que ela vai explodir! Se protejam!”


Soquei ele o mais forte que conseguia, e ele sibilou pela dor. “É de acordo com a lei uma mulher grávida bater em um homem?”


“Derek, é o contrário.” Eu disse entre dentes cerrados.


“Então,” minha avó limpou sua garganta. “Como eu estava dizendo, nós normalmente compramos uma casa para o casal…”


“E?” Eu pressionei impacientemente.


“Não iremos fazer isso por você e Jacob.”


Meu queixo caiu com um pop. Todos os olhos estavam em mim, mas sorrisos em seus rostos. O único som vindo do quarto era a risada de Derek enquanto ele apontava para meu rosto.


“Isso são boas notícias?” Eu disse com dentes apertados. Eu não conseguia evitar as lágrimas que encheram meus olhos. Por que Jacob e eu éramos diferentes?


“Sim, querida. Carlisle e eu conversamos com seus pais e eles sugeriram que fizéssemos algo um pouquinho diferente.”


Joguei olhares mortais para meus pais. Eles se recusavam a olhar para mim. Ambos estavam olhando para Jacob, sorrindo.


“Ao invés de comprar a casa, compramos a propriedade. Vocês tem o terreno do outro lado da rua da casa de seus pais. Eles pensaram que seria legal oferecer para Jacob a chance de te dar a casa que você quer.”


Minhas lágrimas furiosas se transformaram em felizes quando olhei para Jacob. “Você irá construir a nossa casa?”


Ele sorriu e concordou. “Eles já organizaram isso com a compania que estou trabalhando,” ele caminhou e me levantou do sofá, puxando-me para seus braços.


“Qualquer coisa que você quiser, é sua.”


Fiquei na ponta dos meus pés para beijá-lo, e então me virei para ver meus pais.


“Como vocês sabiam que ele iria querer construir uma casa?”


“É o Jacob.” Minha mãe riu. “Eu sabia que ele iria preferir te construir uma casa do que ter uma comprada para você.”


“Que bom que você me conhece tão bem, Bells.” Jacob disse atrás de mim.


Ela piscou para ele.


Corri através da sala e abracei meus avós. “Obrigada, pessoal!”


“De nada mesmo.”


“Posso dirigir os caminhões grandões?” Derek perguntou para Jacob.


“De jeito nenhum!”


‘Por que não?!”


“Você me irrita demais. Não quero trabalhar com você em uma daquelas máquinas. Você provavelmente tentaria me atropelar toda chance que tivesse.”


Meu pai gargalhou.


“Porcaria.” Derek se sentou.


“Derek!” Eu gritei.


“Eu estava brincando!” Ele disse rapidamente e pulou para longe de mim.


“Agora que isso já está fora do caminho, eu acho que você precisa ir falar com alguém.” Meu pai apontou na direção da casa da Alyssa com o seu queixo.


“Oh!” Eu arfei e me apressei para o porta.


“Ela deveria estar correndo assim?” Ouvi Derek perguntando para alguém.


“Por que não?” Minha mãe perguntou ao mesmo tempo que meu pai riu dele.


“Derek, o bebê está bem.”


“Ele não está lá sendo chacoalhado enquanto ela está correndo? Não é surpresa que a garota esteja doente.”


“Ai, Derek.” Minha mãe suspirou. Eu parei de ouvir enquanto corria pela rua.






Autora Izzy

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