13 de mar. de 2011

capitulo 17

Posted by sandry costa On 3/13/2011 3 comments



Reencontro

Oliver

Muitas coisas na vida não possuem sentidos. A forma como somos gerados. O modo como agimos. O modo como ficamos com raiva se algo não da certo sendo que poderíamos tentar de novo e de novo até alcançar os nossos objetivos. Alguns sentimentos são inexplicáveis. Porque choramos quando perdemos alguém que amamos? Saudades? De que? Essa não é a lei da vida? Nascer, crescer e morrer? Não seria mais fácil erguer a cabeça, voltar a viver sua vida e pensar nos momentos bons que você teve com essa pessoa ao em vez de chorar e chorar por alguém que nunca mais vai voltar?
O que é dor? É um aperto no coração que faz você sofrer e se arrepender de tudo que fez te deixando com ódio de si mesmo.
Solidão? É um vazio que te faz desejar ter alguém por perto para te fazer companhia nas noites vazias e sombrias da sua vida.
Arrependimento? É quase igual uma dor só que mil vezes pior.
Paixão? Sentimento indeciso. Algo gostoso de sentir é um frio na barriga que você tem quando vê a pessoa que ama se aproximando. É uma incerteza que te leva a pensar se é certo ou não investir em um relacionamento.
Amor? É o que eu sinto por uma pessoa que insiste em dizer que eu não sou bom o bastante para ela. É o sentimento que eu recebi de uma pessoa que abandonei. É o que eu destruí por vingança.

Catherine

-Catherine? Vamos, nos temos que pegar o avião daqui uma hora.
-Já estou indo Tony. – Disse derrotada.
Eu estava olhando para janela do meu quarto. Era o que eu sempre fazia desde que ele sumiu. Onde será que ele estava? O que estava fazendo? Será que estava vivo? Morto? Meu Deus me ajude a encontrá-lo não consigo viver em um mundo onde ele não esteja.
Senti uma mão nos meus ombros e olhei para trás e vi meu irmão segurando meus ombros me obrigando a olhá-lo.
-Nós vamos encontrá-lo minha irmã, não fique assim. – Ele passou os dedos no meu rosto enxugando as lágrimas que caiam.
-Espero que sim Tony. – Disse já o abraçando.
-Vamos, temos que ir. – Ele me deu um beijo na testa e pegou minhas malas saindo do quarto. E me deixando a sós para me despedir de suas coisas. Iria começar minha vida nova sem ele. Era uma dor terrível me despedir de suas coisas sem saber onde ele está. Se está pensando em mim. Se está perto ou longe. Se ainda me ama. Caminhei até seu closet. Peguei duas roupas e me permiti cheirá-las para guardar o seu cheiro comigo. Respirei fundo permitindo ter suas boas lembranças para sempre.
Era muita dor para uma só pessoal. Eram muitos “e se” nessa história. Mas tinha algo que não se encaixava. Como alguém pode desaparecer misteriosamente? Impossível.
Respirei fundo e guardei suas roupas de volta no lugar, onde desde o seu desaparecimento elas nunca saíram.
Virei-me disposta a começar minha vida novamente. Respirei fundo para me manter calma e continuar com minhas esperanças. Ergui minha cabeça e fiquei em choque. Minha voz não saia, minha visão ficou turva, meu corpo não reagia, minha cabeça girava e por um momento pensei estar vendo coisas. Tendo alguma alucinação, mas não, era ele.
-O... Li... Oliver. – Eu gaguejei.

Oliver

Estava a alguns metros de distância de sua casa. Estava parado a poucos metros do portão de entrada da casa da família González. Minha Catherine estava lá eu podia sentir isso. Era como se um imã me conduzisse até ali. Não me lembrava de sua casa tinha poucas lembranças de minha vida humana, mas Catherine era uma lembrança nítida que nunca iria ser esquecida. Nem em séculos e séculos.
Eu queria poder ir lá. Queria vê-la. Mas será que eu era capaz? Poderia vê-la sem machucá-la?
E se ela não me amasse mais? Se estivesse com outro? O que eu faria? Fiz tudo o que fiz. Menti muito para poder estar aqui com ela, mas e agora? Conseguiria me controlar para vê-la, abraçá-la e beija-la como nunca fiz.
Já cheguei até aqui e agora tenho que ir até o fim. Tenho que me controlar o bastante. Ela é minha amada, a única pessoa que eu mais amo nesta minha vida. Se é que eu tenho uma.
Sai dos meus devaneios quando o portão da casa se abriu. Não reconheci o homem que saiu com três malas da casa as colocando no porta malas de um carro. Era como se já o visse várias e várias vezes, mas não o reconhecia. Ele caminhou em volta do carro. Ele checou os pneus e voltou novamente para dentro da casa. Quem era ele? Droga eu realmente não conseguia me lembrar.
Quem souber que se dane. Desci da moto e caminhei em direção a casa. Percebi que havia algumas pessoas no andar de baixo era minha deixa para entrar na casa.
Caminhei até a varanda e ali avistei uma janela. Havia alguém ali? Será que era ela? Olhei para um lado e para o outro e como não tinha ninguém escalei a janela e entrei no quarto. Essa era a vantagem de ser vampiro. Eu entrava em qualquer lugar.

Meu Deus... Não estava acreditando. Esse era o quarto dela. O quarto de Catherine. A cama de casal branca com uma colcha vermelha combinava com a decoração branca e vermelha do quarto. As paredes brancas com desenhos em tom vinho eram incrivelmente perfeitas. Depois de oito meses, quase um ano tudo ainda continuava no seu devido lugar.
Tinha algo de errado ali. Aquele cheiro adocicado, cheiro que inebriava o quarto era dela? Só podia ser dela. Senti uma respiração acelerada atrás de mim. Virei-me calmamente para trás e como se eu pudesse entrar em um transe ou miragem eu a vi.
-O... Li... Oliver. 
Catherine estava ali. Diante dos meus olhos. Com a respiração acelerada, os olhos arregalados em um transe como se estivesse batalhando com sua mente para decidir se o que via era real. Era incrível como ela continuava do mesmo jeito. Não havia envelhecido praticamente nada. Os cabelos castanhos escuros curtos, o tom branco da pela com a maça do rosto rosadas, os olhos castanhos claros provocavam um contraste incrível com o tom da pele. Ela ainda continuava linda como antes.
Toc... Toc...
Sai dos meus devaneios com as batidas na porta. Ela ainda me encarava como se eu fosse alguma alucinação ou assombração que havia aparecido em seu quarto.
-Catherine, eu posso entrar? – Eu tinha pouco tempo. Apenas alguns segundos pra memorizar seus traços e seu chei... O cheiro dela. Era tão tentador.
Dei alguns passos em sua direção e fiquei apenas alguns centímetros de distância de seu rosto. Aproximei-me mais e sem demora dei um singelo beijo em sua bochecha e sai pela janela antes que alguém entrasse.

Catherine

-Catherine, Catherine você esta me ouvindo? – Tony me chacoalhava pelos ombros, mas eu estava inerte a tudo. Por um longo minuto, por um minuto eu jurei ter o visto. Ter sentido seus lábios no meu rosto. Ter visto o seu rosto totalmente mudado. Era como estar em um pesadelo e um sonho ao mesmo tempo. Felicidade se misturando com medo e terror. Era ele? E se fosse? Como? Minha mente me enganou tão bem? Seus olhos vermelhos me fitaram como se estivesse memorizando ou relembrando cada pequena parte do meu ser, como se enxergasse minha alma. Levei minha mão para minha bochecha relembrando do beijo frio que acara de receber. Ele estava vivo?
-Catherine esta me ouvindo? – Olhei para meu irmão e a única coisa que fiz foi abraçá-lo e chorar em seus braços. Meu coração dizia que era ele. Só que totalmente diferente.

3 comentários:

Nossa! =O Isso que dá esquecer de ler a fic ou o pc fica de sacanagem travando sempre que eu ia ler, Três caps atrasada e muita coisa rolando! e eu não sabia! Me a fic ta Super Jess vc é uma escritora Diva garota! *-*


By: Aya!

Nossa
adorei esse cap
tava emocionante
parabéns
Beeeijos

nossa isso é realmente inacreditavel...emocionante...fascinante...intrigante...e totalmente SURPREENDENTE.........
querida Jess parabens pela fic incrível
beijusss flor

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